segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"De perto ninguém é normal" - Tolstoi e Caetano Veloso???

Bom dia!

É do homem admirar e invejar. A idolatria por pessoas que se destacam por algum feito é normal. Uma imagem de perfeição tolhe o julgamento e disfoca a percepção da realidade, tão clara e ao mesmo tempo turva. Mas hoje em dia os mitos são mais frágeis que nós.

Há algum tempo a desconstrução do mito tornou-se hábito. Revistas dedicadas a expor todo o tipo de história real, mina a fantasia e o reino perfeito de príncipes e princesas. As fotos posadas, em oposição às dos paparazzi, tentativas de um e de outro; o que se quer mostrar e esconder, ambos atraentes.

Qual a motivação para destruir a imagem, antes perfeita, daqueles astros midiáticos, com sorrisos clareados e vidas de sonho? Torná-los iguais, normais, pares de nós. Aproximados dos ídolos, talvez possamos sentir seu mau hálito, ver sua unha suja ou perceber a barra da calça colada com fita crepe.

O mesmo acontece em nossos relacionamentos; sejam eles de qualquer espécie: na família, amigos, trabalho ou amoroso. Ninguém permanece “normal” por muito tempo, nossa persona tende a pular de nós como aquele palhaço de mola das caixas surpresa. Nem penso em entrar na discussão do que é ou não normal, para isso teria de começar tudo de novo.

Hoje mesmo li um artigo sobre o Orkut e suas “melhorias” (o que se pode melhorar naquilo?) e agora os caras criaram uma forma de você “se dividir”, isto é, de ser o que interessa para cada grupo. Taí a prova de que não somos nada normais (o que é ser normal num mundo que acha que ter Orkut é necessário?).

Voltando à vaca fria (ou profana), devassar a vida alheia nos conforta? Trás para perto, em nossas salas com home theater, os astros do cinema, da TV e dos reality shows. Servimos uma pipoca ao último escândalo, saboreando o ídolo na manteiga, comendo-o vivo, assim como invadimos as páginas de sites de relacionamento à procura de segredos que não são segredos, senão não estariam lá.

Hoje as pessoas colocam as informações para serem descobertas, reveladas página a página. E haja saco para ver aqueles churrascos e o povo fazendo aquele sinal de dois dedos! Devolvo meu sinal com um dedo, aquele do meio. Eu sou normal!

Já prevejo os comentários (o povo não se expõe no blog e manda por e-mail) questionando sobre o contra senso: - O seu blog é uma forma de se expor! E respondo, antes que perguntem: - Porra sou normal!

Um abraço,

Simone.

domingo, 29 de agosto de 2010

Esquecer de mim.

Bom dia!

A partir de hoje não falarei mais de mim. Chega. Quem se interessa por mim, a não ser eu? Essa verborragia egocêntrica não leva a nada. Posso fazer o mesmo sem publicar, sem divulgar ou explicitar. Falo demais, sempre falei.

Hoje li uma frase de Leonardo Da Vinci, providencial: "A ostra se abre totalmente na lua cheia. Quando o caranguejo a vê, joga uma pedrinha ou alga marinha, ela não pode mais se fechar e serve de alimentação para ele. Tal é o destino de quem abre demais a boca e se coloca, portanto, à mercê de seu ouvinte"

Fui ostra um tempão e abri tanto minha concha que agora será difícil fechá-la. Fui presa fácil, escancarando meus defeitos, minhas dúvidas, meus percalços e desilusões.

Acabou! Falarei de outras coisas, menos de mim. Esqueçam de mim! Não sou interessante o bastante para acreditar no valor das minha vida para qualquer pessoa.

E sendo assim, falarei dos outros. Vou expor os outros. As coisas de outrem, interessantes para a minha vida e de quem quiser.

Hoje o assunto é Maria Callas, a Divina. Nascida  Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou, dia 2 de dezembro de 1923, em Nova Iorque. Para obter dados biográficos mais detalhados, pesquise no Google, que contém farto material sobre a vida dessa mulher absolutamente interessante.

Callas tinha um alcance vocal único, indo de mezzo à coloratura, o que lhe dava flexibilidade de repertório e destaque. Interpretava com uma intensidade carismática e trouxe a ópera de volta à cena, numa época onde as novidades musicais dominavam a mídia.

A mídia explorou a vida de Callas com sua permissão; ela ingenuamente acreditava que estar exposta  propiciava mais alcance à sua arte, quando na verdade o interesse no escândalo e fragilidade da mulher era o objetivo primeiro.

Conheceu o amor físico no armador Onassis, sedutor inteligente, responsável por seu desequilíbrio e descontrole, prejudicando a mulher e a artista. Sofreu por amor, morreu de amor. Optou por ser a outra, ficando disponível aos encontros cada vez mais raros, menores.

O quanto se pode perder quando nos perdemos por amor? Callas foi o que foi e não há lástima que apague as conquistas; pensar no que poderia ter sido se não tivesse sido o que foi é inútil. Pensar: se ela não tivesse se perdido, se não fosse tão perfeccionista, tão visceral, tão intensa, teria um fim diferente. Se não fosse o que foi, não seria Callas. Ela foi o deveria ter sido.

Ouvir Callas interpretando Norma, Tosca ou Medea é ouvir Deus na voz de mulher. E isso basta. Sua vida é coadjuvante diante da voz. Sua beleza e altivez grega era frágil e forte.

Para ouvir Callas não há necessidade de erudição, só amor. O amor na voz conquista os ouvidos menos treinados. Hoje é dia de ouvir Callas, amanhã também. E dia 16 de setembro é dia de rezar por sua alma, que completará 33 anos de ausência neste mundo.   

Uma salva de palmas! Diva, prima donna, La Callas, divina! 

Um abraço,

Simone.   



sábado, 28 de agosto de 2010

Um amigo é bom, dois é raridade. S.O.G.

Boa tarde!

Lendo algumas coisinhas, comecei a pensar em amigos e inimigos. Hoje estou triste.

Sei quem são meu amigos? Tenho inimigos? Fiz amigos e inimigos?

Os amigos deixo entrar, faço as honras na minha vida, que conto na confiança. Acredito que são como sou e sempre me dou mal. Aos amigos, a verdade, o conselho, a hora perdida. Sempre serei assim.

Nesta semana magoei, fui magoada. Respondi à falta retaliando e desdenhando o afeto esquecido. Não quis saber os motivos, mas bem os sei. O egoísmo e a pequenês de alguém que exige mais e toma conta como cão de guarda.

Entendo, porque já rosnei às ameaças do passado que tentavam invadir meu quarto. Rechacei  as tentativas de acesso e coloquei os bichos pra fora, indignada com a ousadia de ciscar no meu terreno, posto que era passado.

Agora vejo, inerte, devolverem-me o comportamento pretérito. Como vingança, talvez. E tenho tanto desprezo pela vingança quanto pela avareza. Percebo, entendo e assimilo a lição que não gostaria de aprender; desnecessária seria, caso tivesse agido com sinismo, deixando meu leito ser adentrado por uma sombra. Mas eu era tão insegura que não percebi o gesto previdente de deixar-me parecer magnânima.

E agora tenho de deixar que o barco suma no horizonte. O baaaaaaarco. Vai embora, desapareça e só volte com boas notícias. Nem pense em acenar, pois virei-me e não miro mais uma imagem difusa, esvaída na fumaça, esquecida previdentemente a proteger-me.

Vai passado, vai. Solto tua mão e já não sinto seu calor. Amigos? Não. Inimigos? Não. Somos nada. Nada.

Uma lágrima, só uma selou a carta que não mandarei.

Um abraço, sem braço.

Simone.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca" - Clarice Lispector

Boa noite!

Noite quente de inverno carioca, de fogo brasileiro. Quente de paixão, de nudez necessária, de abanar e flanar no asfalto escaldante, descalça...

Os quartos de hotel do Rio tem piso frio, mas isso não alivia o coração em brasa, lenha vermelha atiçada, sem bombeiro a vista. Queima, queima dentro de mim e só quero arder e que não tarde a incendiar-me completamente.

Gostar é bom, amar é super. E gostar vem antes de amar, depois de amar. Salvei-me, pois gosto. Estou à salvo do pecado de não gostar, absolvida por sorrir meu pensamento por ti; só tu sabes. Eu disse: penso em ti, mesmo estando contigo; e isso é de gostar, de querer esquecer as vezes que não pensei. Nem sei.

Amanhã será mais um dia acrescentado na conta sem fórmula, somos a falta de lógica e cálculo. Somos apenas soma sem resultado. Somos sós, nós desatados, nós.

(suspiro)

Beijo quente,

Simone.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem conexão no lap!!!! What a mess!!!

Boa noite! Hoje tá difícil postar, merda! Tentei por mais de uma hora pelo lap e nada. Então vai só uma declaração: te adoro meu Basquiat!!!! Olha ele aí!!! Beijo no cão meu amigo, que lambe minhas lágrimas e sente minhas dores. Cachorro é tudo de bom! Abraço! Simone.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"A melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo" - Allan Key

Boa noite!

Eu vejo meu futuro, ali na esquina. Sinto o dia de ontem determinar o de hoje, contruindo as bases de coisas que ainda serão.

Tento dar passos certos, concentrando a direção e velocidade, pensando os passos como se o chão fosse faltar. Tateio o solo e lentamente e vou avante; olho pra trás sim e talvez tenha de voltar um pouco e refazer o traçado.

No início do ano eu fiz meu mapa astral cármico, faço todo ano. Não há nada previsto que não possa ser alterado, não há nada marcado que não se possa apagar.

Eu ouvi este ano: você nunca esteve tão forte e decidida. Balancei a cabeça concordando, pois era exatamente como me sentia. Então estava ouvindo previsões ou pós visões? Eu já havia decidido um monte de coisas e só ouvi o que sabia.

Meu futuro eu faço, o que sou hoje é resultado das minhas decisões; certas ou erradas foram feitas por mim, mais nada ou ninguém.

As vezes ouço pessoas culpando o destino pelas coisas infelizes que as perturbam, como se tudo conspirasse e não houvesse responsabilidade no produto da vida que resultou. Culpam pessoas, empresas, a sociedade, até Deus. Clamam por uma justiça que já foi feita, com nossas mãos, em nosso malefício.

Posso ser minha carrasca, minha escrava, algoz, sabotadora, assassina, vingadora e juiza. Posso ser minha desgraça, mas não. Dou-me ao luxo de perdoar-me, entender quem sou mais do que qualquer um. Não peço nada pra mim mesma que não possa atender. Não carrego pesos inúteis, não me machuco mais.

Mas não foi sempre assim. Aprendi há pouco, pouco a pouco. Dando passos no escuro, saltando montanhas invisíveis. Tentando chorar menos, sorrir mais, pedir menos e agradecer mais.

Estou fazendo minha felicidade a despeito de dias não tão felizes, dias comuns ou ruins. E pergunto: o que aprendi hoje que não sabia? Amanhã eu já saberei mais, mesmo que seja uma lição decepcionante, de cair na real ou descrer em alguém ou algo.

Vou indo, andando e parando sem estagnar. Quero ser mais doce, mais sábia, quero ler coisas surpreendentes e ficar boquiaberta com as novidades que descubro em paisagens conhecidas e impossíveis.

Quero o mar indo e vindo sempre diferente, trazendo vida e movendo a areia, refletindo o sol e a lua, bebendo a chuva quente, neve fria, cedendo e resistindo ao vento, tempo infinito.

Vou e volto. Sou outra e a mesma, viva!

Um abraço,

Simone.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ando por ai, querendo te encontrar em cada esquina paro em cada olhar, deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar...." - Cássia Eller

Boa noite,

Dois dias sem nada postar, prostrada, na verdade. Cansada de ir e vir e não ficar um pouco mais.

Tenho procurado a energia da qual preciso urgentemente, tenho segurado palavras, tenho engolido uns sapinhos doces. Tudo na exata medida, sem excesso, exagero ou superestimação. 

Eu espero sem olhar no relógio, sem ansiedade ou desespero. Ando por aí, quero encontrar, vou encontrar. Volto ao mesmo lugar em posição diferente, no mesmo dedo e na mesma mão, guardando o espaço que reservo para um só olhar.

Meio incubado esse papo, cifrado, codificado. Parece que escondo, mas se assim fosse, não estaria postado aqui. Não preciso esconder nada, já passei dessa fase. Como tenho meio século (e olha que demorei para admitir isso), dou-me o direito de falar muito mais coisas que penso, guardando mais do que gostaria, confesso.

Mudando de pato pra ganso (nem tão pato assim, muito menos ganso): hoje de manhã minha irmã foi me buscar (meu carro tá com meu irmão), saindo de casa só pra me trazer o carro dela e facilitar minha vida. Eu tinha as minhas coisas de sábado pra fazer. Ela chega com o rádio a mil, rock pauleira, pode? Essa minha irmã não existe! Ou melhor, ainda bem que existe! Obrigada, Meireles!

Correria à parte, deu pra fazer tudo e ainda tirar um cochilo gostoso a tarde. E receber uma ligação com notícias boas de uma amiga que estava tão perdida e se encontrou na necessidade dos cuidados que sua mãe precisa agora. Essa vida é mesmo sábia. Um doente que pode se curar, curando outro! E tome lição de vida!

Fico por aqui, na minha casa; eu e meu Basquiat cansado do banho, cheiroso e dengoso. Vou ver dois filminhos, comer pizza paulistana e carregar a energia à vera.

Tenham um ótimo domingo, uma ótima semana. Amanhã talvez eu poste algo, talvez. Almoço com meus pais, uma espiada no jogo do Palmeiras e ver um filminho no cinema (sou viciada em cinema) com minha amiga Adriana.

Beleza de vida essa minha!

Um abraço,

Simone.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Quem parte leva a saudade de alguém, que fica chorando de dor" - Rubens Campos

Bom dia,

Hoje é um dia cinza, foram-se os olhos verdes, os cachos loiros, o nariz de homem, o canhoto. Meu primo Miltinho foi embora desta vida ontem.

Aprendi um monte de brincadeiras com ele. Lembro do dia que ele me levou na Praça Cornélia para passear e molhar os pés na água de um tanque, cheio de lodo. Eu escorreguei e me molhei inteira. Ele ria de se curvar, mas me levou pra casa, segurando na minha mão e me fazendo rir. Eu estava verde de musgo e molhada da cabeça aos pés. E ríamos muito.

Ele era criativo, desenhava bem, foi artista gráfico, criador. Tinha um humor inteligente, sagaz. Era rápido no raciocínio, lindo e querido.

Eu nunca o vi falar mal de ninguém, fazer mal a ninguém. Pidle era seu apelido na  famíla. Hamilton Olivieri Junior, o nosso Miltinho. Casado com a Lela, pai do Caio e do André.

Rezo agora, sua dor acabou; um sofrimento de adulto numa cabeça de criança. Aquele sofrimento não lhe caía bem, não era para ele.

Miltinho, não estarei aí para lhe dizer adeus, estarei aqui pensando "até mais tarde", quando nos encontraremos para rir, tomar choco milk, passear em alguma praça e molhar nossos cabelos com uma chuva sem lágrimas.

Vá com Deus, com meu amor de prima, minha admiração e minha saudade. Dê um beijo na tua mãe, minha madrinha, outro na vó Leonor, na tua vó Nagibe, no teu avô Tião. Tenho certeza que eles estarão contigo, a te amparar.

Um beijo de saudade, meu primo amigo, meu querido Miltinho.

Simone.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente" - Soren Kierkergaard

Bom dia!

A filosofia é a disciplina ou a área de estudos que envolve a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das ideias sobre o mundo, o homem e o ser. Originou-se da inquietude gerada pela curiosidade em compreender e questionar os valores e as interpretações aceitas sobre a realidade dadas pelo senso comum e pela tradição.

Quando estudei filosofia na faculdade, pude abrir minha cabeça para coisas que jamais havia pensado. Entendi muitas coisas que nunca nem havia tentado, pensei mil vezes, percebi e enxerguei a mim mesma no mundo.

Quando olho para trás, entendo o que sou, como fui me tornando o que sou, cada peça colocada nos anos em cada uma das fases da minha vida. Eu vejo os erros e acertos, as voltas e o retorno a lugares que já conhecia, mas havia me distanciado.

Sou resultado, produto, extrato de uma infância bem vivida, adolescência rebelde e perdida, início da vida adulta confusa e maturidade tardia. Sou você, meu pai, minha mãe, minhas irmãs, meu irmão, meus mestres, meus algozes, meus relacionamentos, sou estranhos que vi pela rua, gente que servi, que me serviu, sou Deus, sou Brasil, sou São Paulo, sou Itália, sou República Tcheca, sou soul!

Eu vivi, "confesso que vivi", como Neruda. epitáfio que escolhi ao me dar conta de quanto é importante acumular vida. Hoje sou mais mulher, mais filha, mais irmã, mais amiga, mais profissional, mais prima, mais tia. Só não sou mais mãe, nem serei avó, Essa fica para a próxima.

Levarei dessa vida a mudança, minha bagagem, meu diário. Deixarei tudo o que não posso carregar; levarei-me, só eu e minha alma pesada de vida. Ficará meu rastro, uma pegada, uma lembrança vaga de uma mulher que quis ser feliz, que quis fazer feliz. Uma mulher que adora rir, chorar. Eu sangro, tenho dores, me machuco, machuco os outros, falo muito, mais do que deveria. E parei de me preocupar se serei lembrada, de ser querida, amada.

Agora estou mais leve, segura de que nada posso fazer; a não ser ser quem sou, com todos os defeitos, poucas qualidades e muitos desejos.

Meu passado sou eu, presente no futuro. Faço meu dia olhando além, desenhando o que ainda serei.

Um grande abraço,

Simone. 




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu Bicho Preguiça!!!

Bom dia!!

Olha só que lindo é o meu Bicho Preguiça!!!



Coisa mais linda!!! Adooooooooooooooro!!!

Eu tô felizzzzzzzzzzzzzzz!!!

Tenham um super dia!!!

Abraços,

Simone




domingo, 15 de agosto de 2010

"A consciência é uma pequena lanterna que a solidão acende à noite" - Madame de Stael

Boa tarde,

Acordei cedo, mas dei-me ao luxo de ter a preguiça dominical, dormindo um pouco mais, levando mais tempo para fazer café, molhar as plantas, passear com o Basquiat.

Que frio é esse? Delíciaaaaaaaaaaaa...

Estou só, quer dizer, só eu e o Basquiat, pra variar...rs... Decidi nem sair pra almoçar na casa da minha irmã (que sempre me chama, a querida!). Ela também gosta de ficar só, se basta. Taí uma mulher que admiro, que gostaria de ser 10% do que ela é. Eu a chamo de "mãe espiritual", que cuidou de mim quando criança e ainda cuida, mesmo sendo pouco mais de 8 anos mais experiente que eu. Mas é um espírito antigo, evoluído, grande em sabedoria.

Ela dá importância ao que importa, ama sem melar ou proteger em demasia, diz verdades com doçura, mesmo sendo implacável. Sabe perdoar, enxergar as pessoas como são; cheias de defeitos e qualidades. É generosa, sabe tricotar e cozinhar muito bem. Tem dois filhos lindos, exemplares.

Hoje liguei pra ela avisando que ficaria em casa, quentinha; e afirmei: - Você entende que eu não queira sair de casa. E ela entende, claro. Não vai tomar como preguiça ou desejo de não vê-la. Vai entender sempre. Ela respeita, considera que cada um tem suas necessidades, que não podemos querer que as pessoas sejam do jeito que queremos, que façam o que desejamos.

Eu tenho tanta sorte! Meus irmãos, todos eles, são pessoas maravilhosas. Seres humanos distintos, honestos, amorosos. Meus pais fizeram um bom trabalho! E tenho tias, tios, sobrinhos, primos doces! Todos caramelados pela Vó Leonor. 

Hoje sei mais sobre amor do que nunca soube.

E quero agradecer a Deus a chance que tenho de conviver com estas pessoas incríveis, agradeço em prece todos os dias e o faço aqui, explicitando a importância do reconhecimento, de falar o quanto sou grata por ter sido escolhida para viver entre eles.

E ainda neste final de semana tenho de agradecer a o oportunidade que meu bicho preguiça me deu de permancer perto: obrigada! Teu coração é lindo, eu já disse. Sinto uma coisa boa vindo de ti, sempre. Gosto do teu jeito, do teu jeito de ser. Confio em você. Não posso mais perder a chance que tenho e quero que saibas: eu sei o que quero! Não terei mais dúvidas ou pensamentos bobos, nem exigirei que sejas diferente do que és. Eu saberei merecer a chance que, mais uma vez, me deste.

Fiquem em paz, com Deus, saúde e amor.

Um abraço querido,

Simone. 

sábado, 14 de agosto de 2010

Frio em Sampa, coração quente no peito.

Bom dia!

Que frio, heim? Gostoso, com jeito de Sampa, de saudade.

Acordei cedo (sábado é dia útil) e fui fazer minhas coisas de sábado.

Encontrei meus amigos no estudo semanal da doutrina e carreguei minhas baterias, como sempre. Já levei o Basquiat tomar banho, tomei café da manhã e lavei roupa!

Daqui a pouco vou no salão, tratar das mãos e pés, de mim.

A semana foi bem produtiva e cheia de realizações, como disse ao motorista de taxi ontem, voltando do aeroporto: "Eu trabalho e me divirto", ele perguntou se eu trabalhava com comédia...rs... Daí batemos um papo sobre como ser feliz fazendo qualquer tipo de trabalho, mesmo os mais sacrificados e difíceis. E concluimos que é melhor enfrentar tudo com bom senso e humor, com tolerância e humildade.

Motoristas de taxi são sábios.

A tolerância é uma das coisas que acho cada vez mais imprescindíveis, principalemnte hoje em dia, onde me deparo com todo tipo de comportamento e violência velada e escancarada.

E tome lição de vida! 

Tenham um ótimo final de semana!

Um abraço,

Simone. 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência" - Chico Xavier

Bom dia!!!

Começo a ver uma pequena luz, um farol há milhas náuticas a iluminar o mar revolto. Os dias têm sido muito intensos, tensos. E como aprendo!

Ver a limpeza ser realizada, com cheiro de lavanda, tirando o musgo da comodidade, vitaliza os esforços que catalizo na crença firme de que vou conseguir.

Lidar com coisas inusitadas, diferentes daquelas que já havia enfrentado, é desafiador, como gosto. Tenho ganas de transformar, de ver no dia a dia a mudança operando o bem.

Tenho mais do que dois braços, tenho aliados queridos, a apoiar-me, acreditando que há espaço para a ética, a transparência, a honestidade e trabalho intelectual árduo.

Paciência, minha companheira! Tolerância, minha melhor amiga! Amor, meu segredo!

Minha porta fica aberta, estou disponível para qualquer um que queira entrar e juntar-se à mim nessa viagem empreendedora, com oportunidades de crescimento profissional e pessoal.

Eu vejo nos olhos de alguns a certeza e a vontade de virar a página e gravar sua marca de alguma forma.

Hoje tive de falar duro com algumas pessoas, ontem também. Chamar à realidade, chacoalhar os brios e tentar trazer à tona o melhor delas. Algumas irão se fortalecer, outras ficarão pelo caminho a lamentar, a colocar defeitos e enganarem a si mesmas, com desculpas velhas e covardes. E houve quem nem tentou; fugiram antes mesmo de começarem. Paciência! 

Amanhã eu acordarei mais forte, e depois de amanhã mais ainda. E assim será sempre. Deus está comigo, ando de mãos dadas com Ele e nada me enfraquecerá.

Um abraço,

Simone.




quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tu dimmi quando - Neri per caso

Bom dia, buon giorno!

Hoje vai a letra de uma música linda... Pra você, meu bicho preguiça!


"Tu dimmi quando quando

Dove sono i tuoi occhi e la tua bocca

Forse in Africa che importa

Tu dimmi quando quando

Dove sono le tue mani ed il tuo naso

Verso un giorno disperato

Ma io ho sete, ho sete ancora

Tu dimmi quando quando

Non guardarmi adesso amore

Sono stanco

Perché penso al futuro

Tu dimmi quando quando

Siamo angeli che cercano un sorriso

Non nascondere il tuo viso

Perché ho sete, ho sete ancora

E vivrò, sì, vivrò

Tutto il giorno per vederti andarvia

Fra i ricordi e questa strana pazzia

E il paradiso che forse esiste

Chi vuole un figlio non insiste

Tu dimmi quando quando

Ho bisogno di te almeno un'ora

Per dirti che ti odio ancora

Tu dimmi quando quando

Lo sai che non ti avrò

E sul tuo viso

Sta per nascere un sorriso

Ed io ho sete, ho sete ancora

Sete ancora".
 
 
 
 
Um abraço,
 
Simone.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado" - Madre Teresa de Calcutá

Bom dia!

Por que a agressividade e intolerância de alguém que você ama incondionalmente, alguém que você conhece desde que nasceu? Qual o objetivo de expor, de cutucar minhas feridas em público, mesmo que sejam somente pessoas da família?

Eu tive vontade de sumir, de levantar da mesa e chorar, de responder com a mesma agressividade. Mas nada fiz. 

Estou tão triste, tão cheia de nada.

Já não basta o meu julgamento implacável? Minha auto crítica espartana? 

Eu te perdoo. Eu te entendo. E vou ouvir tantas vezes quiser, abaixar minha cabeça para expressar minha resignação,"mea culpa". Para mim é mais simples amar os que estão perto, próximos da realidade, dos fatos e problemas da vidinha. 

Vou ficar aqui, bem pertinho, sempre.

Um abraço,

Simone.
  

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ninguém, mais ninguém.

Bom dia,

Escrevi umas cinco introduções até agora. E apaguei. Eu quero dizer, mas seguro as palavras que quero realmente escrever. Quero dizer, quero expressar o que estou sentindo.

Eu não preciso de mais ninguém em minha vida. Decidi que já é hora de parar, de ficar onde estou, de manter meu coração quieto, fechado. Não sei se um dia irei realizar esse sentimento que guardei.

Não sei se quem fechou meu coração já esta com alguém, se já ocupou os dias a pensar em alguém, mas não me importa.

Chega. Não haverá mais ninguém, não darei a chave da minha vida a mais ninguém. Tranquei meu amor e guardei.

Meu corpo não precisa de nenhum toque que não seja o que eu já quis.

Não quero ninguém chegando tão perto a ponto de sentir meu cheiro. Meus olhos continuarão a olhar o mundo, sem desejar ninguém, só vultos e fantasmas, só espectros e sombras.

Sinto aquele perfume na lembrança, que conheço e reconheço como melhor. E detalhes de pele, da força do encontro doce dos lábios mais doces. Como querer outros?

Meu dorso está tão apertado que mal respiro de saudade. Assim ficarei, na saudade.

Vida só de lembrar. De fechar os olhos e pensar no começo, no meio e esquecer do fim.

Sem fim, nada findou nem desapareceu de mim.

Um abraço eterno, terno.

Simone.

domingo, 8 de agosto de 2010

Meu pai, meu filho.

Bom dia!

O meu pai é o homem mais bem sucedido que eu conheço. Bem sucedido como marido, como pai e como homem. Ele me ensinou muito, eu aprendi muito. A ser honesta, mesmo que seja mais fácil não ser. A ter orgulho do meu nome, sem precisar pisar em ninguém.

Eu nasci exatamente um ano após a morte de Achiles. Meu irmão lindo, loiro, de olhos azuis e covinhas. Eu tinha de alegrar aquela casa, de movimentar o ambiente. E foi o que fiz. Aprontei muito, durante anos, mais do que deveria, confesso. Inclusive com a ajuda do meu pai, que me municiava com estilingue feito por ele, carrinho de rolimã, bola, bicicleta.

Vivia na rua, brincando de tudo, até que o assovio do meu pai dava o toque de recolher para todas. Eu aprendi a assoviar vendo meu pai, observando os movimentos com a boca e ele me dando as dicas. Só consegui com os dedos, ele não precisava.

Agradeço a Deus o pai que tenho e pretendo compartilhar muitos dias dos pais e aniversários com ele (amanhã ele faz 83 anos!).

Um abraço para meu pai amado, outro para todos os pais do mundo!

Simone.

sábado, 7 de agosto de 2010

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Bom dia,

Em Sampa...descansando...

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Abraço,

Simone.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sem frase feita, sem tema.

Boa noite!Hoje estou muito cansada pra ligar o lap, então vai do celular mesmo e só pra não passar em branco. Não rola parágrafo, nem formatação bonitinha. Estou procurando um ap no Rio para ficar até dezembro, quem souber de um mobiliado, me avisa, por favor. Caindo de sono, no hotel e vendo a tv sem prestar atenção. Vou dormir e sonhar... Um abraço, Simone.

"Se eu pudesse te dizer, aquilo que nunca te direi, tu poderias entender, aquilo que nem eu sei" - Freud

Boa noite!

Acho que estou enlouquecendo. Ou me conscientizando da minha loucura crônica. As contradições são tão gritantes, tornando minha vida uma incerteza. Acordo de um jeito, dali meia hora estou de outro, daí volto a ser o que era e em poucas horas já nem sei quem sou.

Não sei o que está rolando, mas percebo que a falta de vida social, de afastamento da minha base e de convivência cultural, pode ser um dos motivos dessa bagunça mental galopante.

Estou em choque. Não sei se aguento mais tempo nessa condição miserável, sem referências. Tenho de passar por essa fase crítica para entender-me limitada e falível. Cobro demais o espelho, olho meu umbigo na ponta do nariz, penso, penso e penso.

Vou dormir pensando, sonho pensando e meu maxilar dói de tanta tensão. Pareço estar à beira de um precipício olhando para baixo a calcular minha queda. Sinto frio na barriga todo o tempo e parece que queimo toda a adrenalina que produzo, assim que produzo. Não há sobra e temo não ter reservas para os dias de precisão.

Durmo pouco, como mal e estou à beira de um ataque de nervos Almodovariano, só que sem cores berrantes, nem a Madrid sexualizada. Sou uma tela de Picasso, descontruída em cubos de gelo. Sou a Bastilha tomada, a homeless que se hospeda em hotel, sou Maquiavel, Rasputim.

Fim, chega de lamúrias.

Um abraço,

Simone. 

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto" - Willian Shakespeare

Boa noite,

Eu olho para o lado e não alcanço você. Não há você caminhando ao meu lado, não há você no telefone a contar teu dia, nem há você nas noites sem você.

Eu te vi no meu sonho de ontem, acenando de longe. Estavas com uma mala na mão, indo embora. De repente a mala abriu, como se o fecho estivesse solto ou quebrado e cairam palavras, frases inteiras que volitavam em minha direção. Eu as lia e chorava. Um monte de despedidas, de todas as formas, entravam no meu coração, esvaziando meu peito e deixando-me cada vez mais fraca.

E eu lia as palavras e não percebi que você estava desaparecendo, indo embora. Eu lia e desabei de joelhos sem forças. Não consegui mais levantar. Acordei chorando. O sonho ainda está vívido, hoje o dia todo. E não é sonho, não tenho você, não existe mais você fora do sonho.

E foi assim hoje, ontem e toda a semana. Saudade de você, de mim com você.

Sem abraço, estou sem braços.

Simone.

domingo, 1 de agosto de 2010

"Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela" - George Bernard Shaw

Bom dia!

Lembrei hoje do meu desejo de liberdade quando tinha uns quinze anos, querendo que o tempo passasse rápido para tornar-me adulta e não mais ter de obedecer meus pais. Queria tomar as decisões, decidir minha vida, revoltada com a imposição de ordens que não queria atender. Eu ouvia da minha mãe: - Enquanto você viver nessa casa, vai fazer o que eu quero!

Eu não entendia o sentido profundo dessa frase e nem de tantas outras. A liberdade de chegar a hora que quisesse, andar com quem quisesse e fazer as tarefas quando me desse na telha, parecia-me tão simples que não compreendia o motivo de não conseguir convencer minha mãe atendesse minhas insistentes tentativas.

Hoje, passadas várias décadas, não só entendi, como concordo plenamente com a responsabilidade que a liberdade carrega a reboque. Qualquer liberdade adquirida, seja ela pequena ou grande, exige uma reflexão acerca das demandas implícitas, do cuidado nos detalhes e da necessidade de preparação para segurar a onda.

Hoje sou livre? Sim! Tenho liberdade de ir e vir, de decidir tudo em minha vida e respondo por cada uma das escolhas que faço e das que não faço também. A vida também faz suas próprias escolhas, pois não domino tudo e todos; há reflexos da vida dos outros na minha. E tome responsabilidade!

Duas palavras têm pautado meus dias, noites e madrugadas: cuidado e calma. Preciso dessas duas coisas para conduzir a responsabilidade enorme que assumi com a liberdade que me foi concedida pela idade e experiência. Tenho a perigosa autonomia e poder sobre pessoas e isso não me dá medo e sim maturidade. Aprendo a cada segundo, sorvo o tempo que tenho tirando somente o que importa.

A liberdade custa muito caro para ser perdida por atos irresponsáveis e imaturos. Eu posso fazer tudo o que quero, mas não posso fazer qualquer coisa. Eu posso acordar a hora que quero, mas acordar cedo me dá mais tempo para desfrutar da minha liberdade. Posso sair com quem quero, mas escolho sair com quem escolho.

Livre, tenho de ser mais responsável. 

Hoje é domingo, dia da liberdade para fazer o que quiser! Acordei cedo e já aproveitei algumas horas de sol para respirar de olhos abertos e curtir essa vida tão linda que Deus me deu.

Um abraço e bom domingo!

Simone.