terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que foi esse ano!

Bom dia!

Estava olhando para o ano passado e lembrando onde eu estava nesse dia, nessa hora. Esse exercício de ver o que passou parece fundamental no final de cada ano, mas confesso que sou menos sossegada e não deixo o ano acabar pra refletir.

Parece-me uma perda enorme de oportunidades fazer a análise no final e não durante. Essas resoluções de virada sempre ficam no meio do ano ou bem antes; então vou fazendo a debulhada diariamente. Não acumulo nada, aprendi o que minha mãe ensinou. Ela as vezes fazia as coisas antes mesmo de precisar.

Este ano deixei pra trás algumas coisas, pessoas e minha cidade. Sinto saudade, muita saudade. Preguiça, saudade! Todos os dias lido com "viver em outro lugar, sem conhecer nada nem ninguém". Minha coluna está cedendo e a ginga fluminense começa a amolecer uma criatura como eu. Talvez seja esse o mote! 

Nada é por acaso... Por três vezes fui chamada para morar aqui e algum motivo deve ter. Amarguei uns meses de instabilidade paulistana, querendo impor um modus vivendi estrangeiro, irreconhecível e impossível de ser vivido por cariocas. Já entendo as meias palavras e o jeito direto e sincero de dirigir. O trânsito carioca é igual ao de Napoles. Paulista é exigente, carioca é impaciente: sinais vermelhos são odiados e faixa não existe. E nunca, mas nunca mesmo, confie num motorista de ônibus.   

Só isso? Não, aprendi mais. Meu olhar está mais natural, sorrio mais, vivo mais e a água salgada tira o peso da semana. Areia massageando os pés descalços, mais tempo descalça, de short e regata, mais água de coco, mais sol, mais gente bonita e no caminho do meu trabalho um aterro, um Cristo, corcovado e maresia. 

Aprendi mais coisas, senti mais coisas e sei que sou mais do que era no ano passado; além de ser mais velha. 

 Um abraço e um ano mais novo, cheirando a novidades!

Simone. 

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor." - Vladimir Maiakovski

Bom dia!

Sábado de sol, pede praia e paisagem quase nua. Daqui a pouco tem Ipanema!

Então vamos falar de amor (suspiro). E deixo claro: não é preciso estar apaixonada para falar sobre o assunto. É um assunto? É vida! Há amor em tudo; no olhar para o mundo e para dentro de nós. 

Ouço muito "amor incondicional", sem condições para existir. Balela! Eu inverteria: amor condicional, cheio de condições para ser. Até o século passado o amor incondional era mais necessidade que escolha. E mais uma contradição: há escolha no amor incondional? Os casamentos não eram desfeitos por questões de sobrevivência, conveniência, preguiça (sic), por dinheiro ou pelos filhos (devo estar esquecendo mais algum motivo).

Sendo assim, não há nada de sublime no tal amor incondicional. Por que aguentar seres insuportáveis ao lado, quando podemos virar as costas e seguir em outra direção? Muito simples, não? Não! Não vou deixar de afirmar: nada é por acaso. Algumas pessoas (não todas) que passam por nossa vida são absolutamente imprescindíveis e destinadas. Sim, eu acredito nisso. 

Se estamos ao lado de alguém por alguma razão pregressa,  se temos de resgatar ou recuperar o tempo perdido, daí o tal amor incondional teria lugar ou até mesmo seria a mais lógica forma de amar. Mais ainda se desvincularmos o amor do sexo. Pais e filhos, irmãos e irmãs, professores e alunos...todas relações de amor. E mais uma vez pondero: também não há regra nessa linha de pensamento. Nem tudo está determinado e é destinado. As vezes só esbarramos em alguém que não significou e nem sgnificará nada (a grande maioria). 

Um dos amores da minha vida está me chamando. Tô indo, sol.

Bom final de semana!

Abraço,

Simone.         

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu sempre me surpreendo!

Boa noite!

Nunca sabemos realmente o que causamos nos outros. Podemos até imaginar, sentir um pouco, mas nunca tudo. Sei porque só eu sei o que os outros causam em mim e o quanto guardo minhas impressões e sentimentos. 

Eu sempre me surpreendo! Depois de uma certa quantidade de calos, aprendi a não esperar nada, de ninguém. E não é que é bem melhor assim? Porque sempre acho que nada virá, que nada acontecerá a não ser que eu mesma faça acontecer e no entanto as coisas acabam acontecendo.

Esse blog, por exemplo: escrevo sem pretensão de obter uma porrada de leitores e não é que uma porrada lê? O melhor é descobrir que quem você nem imagina pensa em você. E de repente vem um sinal, um aceno de bem longe a dizer: eu sei que você existe e me interesso por teu blog. 

Bem legal isso. E nem vou falar nas coisas ruins que me surpreendem, porque devem surpreender a todos. E tem mais: gosto de surpreender! Então, mãos à obra:

1. Burra, troca o chip Neideeeeeeeeeeeeeeee!!!
2. Pitcha: vai poder andar de ônibus sem pagar passagem?
3. Jujuba: menos 2 mil! 
4. Didi: The Ciao! by Dahon. What a bike!!! Just 4 U!!! 
5. Preguiça: nunca te vi dançar tanto!
6. Athena: que pena, só no ano que vem!
7. Diogo: amanhã tem vinho no almoço! Meu convidado!
8. Ams: monaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Podia continuar...mas parei.

Então tá!

Abraços,

Simone.
        

    

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Hoje nasceu uma Diva"

Oi,

Hoje nasceu uma Diva. Essa expressão não existe, mas poderia. Um dia como hoje não se acha facilmente no ano. É um daqueles dias que ficam para a posteridade, merecendo um vermelho de feriado no calendário.

Não fosse por um detalhe importantíssimo, hoje já seria amanhã. O sol amanheceu quatro oitavas mais cedo e vibrou acordes de luz inundando meus olhos de música. Foi luz o dia todo, perfume leve e cor de girassol.

Hoje é dia oito de dezembro e isso é muito importante. Ontem foi um dia antes do dia mais importante e amanhã será depois. E pra que tanta deferência a um dia como hoje? Hoje nasceu uma Diva.

Um abraço,

Simone.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos" - Confúcio

Boa noite!

Que mania temos de ter expectativas! De esperar um bom dia, um carinho, reconhecimento, presente, lembrança e amor.

Em oitenta por cento das vezes não recebemos aquilo que gostaríamos e nem damos aquilo que esperam de nós. O ser humano gosta de criar armadilhas para si mesmo. Alimenta emoções e depois reclama, faz bico e emburra.

De onde vem essa necessidade? Já nascemos da expectativa do outro; nossos pais esperam um filho, esperam que seja saudável, inteligente e se dê bem na vida. Não fui quem disse; foi Lacan.

Para Maslow há cinco tipos de necessidades: fisiológicas, de segurança íntima (física e psíquica), de amor e relacionamentos (participação), de estima (autoconfiança) e necessidades de autorealização. Nós não buscamos apenas saciar necessidades físicas, mas crescer e desenvolver em várias frentes.

Para a maioria dos brasileiros a expectativa é rasteira: ter o que comer, onde morar e vestir. Conseguidas as necessidades básicas, vem a saúde, segurança e educação.

O que esperar de si mesmo? Como construir uma proteção contra a enorme expectativa que criamos para nós? Se alguém souber, me informe.

Um grande abraço,

Simone.