quinta-feira, 23 de maio de 2013

FALAR DE AMOR





“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”


                                                                                                                       Fernando Pessoa


Quanta redundância, Pessoa !

Exato, amar é redundar. Olhar mil vezes e outras mil e ver mais do mesmo sem desistir. Estando só, não se fica só. É pensar em dois, sem essa coisa velha de somar, dividir, mas sim no duplo conforto, na existência em harmonia, no respeito e admiração pelo ser.


Isso se for amor.


E para ser, não há fórmula, modelo ou regra. Amores consistentes não precisam se encaixar em nenhuma moldura social. São encontros naturais, perspectivas convergentes e muita sorte, por que não?


E se não for amor, dissipa; morre na praia sem fôlego. Aos que não resistem às humanidades do outro, resta o sabor de sal e areia. Hão de perder-se nas ilusões de contos infantis, procurando a perfeição inexistente.


Sim, o amor é imperfeito e, assim como cada um de nós, precisa de paz em suas limitações. Sim, o amor tem limite e sua divisa é o respeito mútuo. Atravessando, o amor vira dor e aí já não é amor.


Estou aprendendo a amar, todos os dias. Um dia aprendo!


Abraços,


Simone