terça-feira, 16 de julho de 2013

Sampa,cheguei pra ficar!!!


Estou de volta à minha terra, minhas origens. O conforto de se reconhecer nessa cidade é uma das melhores sensações que já senti.

Voltar bem, segura e profissionalmente realizada! Graças a Deus!

Hoje é só! Tô cansada demais!

Abraço,

Simone

sábado, 6 de julho de 2013

FRITANDO



Estou pensando muito; fritando, na verdade. Essa coisa de voltar à Sampa (minha casa) é mais profunda e significativa agora, em progresso. Muitos movimentos a serem feitos em curto tempo, mas produzo muito e as horas rendem tanto que sobra. E nessa sobra sobrevivo à ansiedade inevitável. E penso.

Um dos muitos pensamentos que passaram em fila foi: E se voltar não fosse voltar e sim “ir”? Sim, indo e não voltando. Desenvolvo...

Embora a cidade seja velha conhecida, desnudada mil vezes nas entranhas e tribos, ao mesmo tempo é viva e mutante. Serei estrangeira em meu território e sei bem, os vínculos não existem mais.

Será tudo novidade; onde vou morar trabalhar e mais. Tudo diferente!

Penso: tenho a chance e sorte de viver diferente em um lugar igual! E ainda levo a bagagem de viver no Rio de Janeiro! Isso é assunto pra outro texto, tamanha riqueza de experiências de toda sorte!

Então não é melhor a definição de “ir” e não voltar? Essa postura me parece mais valente e desafia minha fome pelo novo, pela evolução, planejamento e futuro, muito futuro.

Pensei no medo e ele continuou a andar lá longe, porque minha fé tem estofo e berço; assim, como sou a única pessoa que pode atrapalhar, foda-se o medo!

Pensei também: pra variar, vou chegar e encontrar um monte de pepino, abacaxi e abobrinha pra descascar. Bacana! Serei útil mais uma vez. E aos poucos a feira estará organizada e daí é trabalhar para melhorar as coisas para as pessoas. Vou tentar, prometo conseguir!

Pensei incessantemente no amor. Dias, em horas seguidas e alternadas. Senti o frio que me espera em Sampa. Ao mesmo tempo penso: tenho de dar o tempo das estrelas se ajeitarem e o assim destino entregar-me quem eu tanto quero. Não me apresso mais, com pressa nunca mais.

Enfim, é hora de “ir”. Realizado meu desejo, minha gratidão transborda, meu Deus. Obrigada pela paciência aprendida, resiliência desenvolvida, dignidade e humildade mantida (ih, rimou! rsrsrs).

Abraço,

Simone





terça-feira, 2 de julho de 2013

Sombra – Catarse


           (antes de mais nada, escrevi esse texto em janeiro de 2013 - reflete o mood da época)


Eu começaria colando a letra de “Não enche” de Caetano Veloso, mas citar é o bastante (fiquei mais objetiva esses dias).

Eu vi a sombra dominar, vi de perto. Cheirei seu hálito e percebi cada uma das peças daquele puzzle imenso construído desde a infância.

Reluto em descrever o que sentia ao ver cada espasmo de fúria, porque sentir esse tipo de coisa é triste. Infelizmente eu também tenho sombras, como todo mundo. E o duelo de duas sombras densas não pode acabar bem. Não acabou.

Não sei o quanto sublimei os motivos primários. Você pensa: passou um puta tempo e agora está diferente. Nop. E o quanto eu mudei? Se desenhar, são duas linhas diametralmente opostas. É uma puta ingenuidade do cacete achar que as piores coisas sumiram!

Entrar numa zona de sombra é mais ou menos como entrar transe. Você sai de si e visita o outro, nas mais profundas vicissitudes, nas humanidades íntimas e sufocantes. Você vê por dentro, enxerga a alma.

Ter sua intimidade devassada e assim devassar a de outrem, convivendo todos os segundos de um longo tempo respirando o ar viciado por traumas, doenças, contrariedades, ser hóspede indesejável na própria casa, acumular prejuízos, ver agressões, ser acuada e obrigada a viver alheia. E era pra ser bom, veja só.

O lado reverso da felicidade na amargura do café de um dia ao de outro. Vinte e quatro horas pesadas e complicadas para destrinchar diplomaticamente, sem perder o centro, até onde a sombra deixar.

Lá fora cinquenta graus e dentro, menos de zero. Nesse verão glacial, a ponta de um iceberg atingiu-me em cheio e a casa caiu. Ruiu sem deixar nem poeira. Sumiu.

Largou um rastro de covardia e grosseria. De pequenos gestos, insignificantes manifestações de nada. E bons modos, no mínimo? Tsc... Tosco, baixo e vil. E omito meu estado, imagine.

Ao virar a esquina, os olhos aflitos já haviam elencado uma, duas, três vítimas a seguir. As presas molhadas de salivar. Mas vão caindo, uma a uma, quando veem a realidade da alma pobre que se esconde na douta máscara de gestos corretos.

Paro aqui e não haverá mais nada a falar. Chega de existir ou lembrar aquilo que nunca foi e nunca será.

Cabe observar: é impressionante como a escrita fica fértil em alguns estados emocionais. O vômito verbal é a catarse; é espernear até cansar, atribuir os mais podres adjetivos e assim livrar-me de todo o mal, amém.

Abraço,

Simone



segunda-feira, 1 de julho de 2013

1 de Julho de 1989


Não estou em Sampa pra poder te levar flores e bater aquele papo. Mas isso não impede de conectar-me contigo em pensamento, pelas palavras.

Há vinte e quatro anos eu viveria o pior dia da minha vida; ver sua vida ser levada por uma queda. Teria dado minha vida pela sua, se possível fosse. Teria caído daquele cavalo no seu lugar. De verdade.

Sua alegria de viver sempre foi contagiante, transbordando em sorrisos largos e gargalhadas gostosas! Isso não é coisa de quem venera quem já foi e sim a realidade da sua alma pura e ávida.

Tenho saudade, muita. Saudade de brincar com as crianças, de circo, ser sua dupla no esquete do palhaço, fazer rir. Você faz falta e seu lugar em meu coração é cativo.

Saudade do que não vivemos, do que ficou pra depois...

“Haja o que houver, estou aqui” e sei que você estará sempre ao meu lado.

Fica com Deus!

Simone