terça-feira, 22 de março de 2011

O Sequestro da Amídala

Boa noite!

Não se assustem; nenhum otorrino sequestrou minha amídala! Consegui mantê-la na garganta, mesmo com a moda de extirpá-la sobre o pretexto de ser foco de bactérias e fábrica de infecções. Só fiquei p da vida porque minhas irmãs se entupiram de sorvete e eu não.

Mudando de pato pra ganso, mas não tão ganso assim, li um artigo sobre resiliência (eta coisa difícil de praticar!) e esbarrei em uma teoria bastante lógica sobre sua ausência na maioria dos humanos: nosso cérebro vem evoluindo (não tanto como gostaríamos) e passou a ter características e funções adaptadas. Antes tínhamos somente a parte inferior do cérebro formada e nela contida uma estrutura pequena chamada amídala; sim, temos amídala no cérebro. É lá que ficam armazenadas as emoções boas e ruins. Divagando: será que os médicos erraram de amídala? Queriam eles extirpar a amídala contida no cérebro? Aiai...

Continuando: o tempo passou e desenvolvemos o neocortex, que comanda nossas reações racionais. É o neocórtex que segura nossa onda quando temos vontade de arrebentar a cara de alguém. É ele que segura nossa língua quando a amídala nos impulsiona para mandar tudo e todos pra aquele lugar; é o tal do Sequestro da Amídala"!

Deixamos nossos instintos mais ferozes tomar conta, não contamos até 10 e não assimilamos a situação sem perder o controle. O neocórtex é neutralizado e partimos pra ignorância; seja ela física, verbal ou emocional. Uma pessoa extremamente controlada nem deve saber que sua amídala existe, pois investe todas as suas energias no neocórtex. 

Depois de ler o artigo comecei por mim, analisando os mecanismos de disparo da doidivanas da amídala. Elenquei do pior para o menos significante e pasme: o buraco é mais embaixo. Mas isso é problema meu! (olha a amídala falando aí!)

No final de semana tive de neutralizar totalmente minha amídala para poder dar cabo da semana pauleira que tinha de peitar e topei com Eistein: "Um problema não pode ser resolvido no mesmo estado emocional que ele foi criado ou descoberto". O cara foi certeiro. No calor, no auge e pico das picas voando não conseguimos tomar nenhuma ou a melhor decisão. Ou ainda: as vezes a melhor decisão é não tomar decisão alguma e deixar que o tempo e o vento façam o trabalhinho sujo de nos livrar de todo mal e perturbação.

Vou tentar colocar a resiliência antes de qualquer palavra ou pensamento reativo e irracional. Contar até três, pelo menos, e esquecer que meus ancestrais eram italianos. Vou pedir cidadania Finlandesa emocional e congelar o grito na amídala (a da garganta).

Eu disse: vou tentar.  Força estômago! Musculação para ter nervos de aço! Coloco orégano e azeite no sapo e ele desce que é uma beleza!

Um abraço resiliente,

Simone.           

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