terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que foi esse ano!

Bom dia!

Estava olhando para o ano passado e lembrando onde eu estava nesse dia, nessa hora. Esse exercício de ver o que passou parece fundamental no final de cada ano, mas confesso que sou menos sossegada e não deixo o ano acabar pra refletir.

Parece-me uma perda enorme de oportunidades fazer a análise no final e não durante. Essas resoluções de virada sempre ficam no meio do ano ou bem antes; então vou fazendo a debulhada diariamente. Não acumulo nada, aprendi o que minha mãe ensinou. Ela as vezes fazia as coisas antes mesmo de precisar.

Este ano deixei pra trás algumas coisas, pessoas e minha cidade. Sinto saudade, muita saudade. Preguiça, saudade! Todos os dias lido com "viver em outro lugar, sem conhecer nada nem ninguém". Minha coluna está cedendo e a ginga fluminense começa a amolecer uma criatura como eu. Talvez seja esse o mote! 

Nada é por acaso... Por três vezes fui chamada para morar aqui e algum motivo deve ter. Amarguei uns meses de instabilidade paulistana, querendo impor um modus vivendi estrangeiro, irreconhecível e impossível de ser vivido por cariocas. Já entendo as meias palavras e o jeito direto e sincero de dirigir. O trânsito carioca é igual ao de Napoles. Paulista é exigente, carioca é impaciente: sinais vermelhos são odiados e faixa não existe. E nunca, mas nunca mesmo, confie num motorista de ônibus.   

Só isso? Não, aprendi mais. Meu olhar está mais natural, sorrio mais, vivo mais e a água salgada tira o peso da semana. Areia massageando os pés descalços, mais tempo descalça, de short e regata, mais água de coco, mais sol, mais gente bonita e no caminho do meu trabalho um aterro, um Cristo, corcovado e maresia. 

Aprendi mais coisas, senti mais coisas e sei que sou mais do que era no ano passado; além de ser mais velha. 

 Um abraço e um ano mais novo, cheirando a novidades!

Simone. 

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor." - Vladimir Maiakovski

Bom dia!

Sábado de sol, pede praia e paisagem quase nua. Daqui a pouco tem Ipanema!

Então vamos falar de amor (suspiro). E deixo claro: não é preciso estar apaixonada para falar sobre o assunto. É um assunto? É vida! Há amor em tudo; no olhar para o mundo e para dentro de nós. 

Ouço muito "amor incondicional", sem condições para existir. Balela! Eu inverteria: amor condicional, cheio de condições para ser. Até o século passado o amor incondional era mais necessidade que escolha. E mais uma contradição: há escolha no amor incondional? Os casamentos não eram desfeitos por questões de sobrevivência, conveniência, preguiça (sic), por dinheiro ou pelos filhos (devo estar esquecendo mais algum motivo).

Sendo assim, não há nada de sublime no tal amor incondicional. Por que aguentar seres insuportáveis ao lado, quando podemos virar as costas e seguir em outra direção? Muito simples, não? Não! Não vou deixar de afirmar: nada é por acaso. Algumas pessoas (não todas) que passam por nossa vida são absolutamente imprescindíveis e destinadas. Sim, eu acredito nisso. 

Se estamos ao lado de alguém por alguma razão pregressa,  se temos de resgatar ou recuperar o tempo perdido, daí o tal amor incondional teria lugar ou até mesmo seria a mais lógica forma de amar. Mais ainda se desvincularmos o amor do sexo. Pais e filhos, irmãos e irmãs, professores e alunos...todas relações de amor. E mais uma vez pondero: também não há regra nessa linha de pensamento. Nem tudo está determinado e é destinado. As vezes só esbarramos em alguém que não significou e nem sgnificará nada (a grande maioria). 

Um dos amores da minha vida está me chamando. Tô indo, sol.

Bom final de semana!

Abraço,

Simone.         

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu sempre me surpreendo!

Boa noite!

Nunca sabemos realmente o que causamos nos outros. Podemos até imaginar, sentir um pouco, mas nunca tudo. Sei porque só eu sei o que os outros causam em mim e o quanto guardo minhas impressões e sentimentos. 

Eu sempre me surpreendo! Depois de uma certa quantidade de calos, aprendi a não esperar nada, de ninguém. E não é que é bem melhor assim? Porque sempre acho que nada virá, que nada acontecerá a não ser que eu mesma faça acontecer e no entanto as coisas acabam acontecendo.

Esse blog, por exemplo: escrevo sem pretensão de obter uma porrada de leitores e não é que uma porrada lê? O melhor é descobrir que quem você nem imagina pensa em você. E de repente vem um sinal, um aceno de bem longe a dizer: eu sei que você existe e me interesso por teu blog. 

Bem legal isso. E nem vou falar nas coisas ruins que me surpreendem, porque devem surpreender a todos. E tem mais: gosto de surpreender! Então, mãos à obra:

1. Burra, troca o chip Neideeeeeeeeeeeeeeee!!!
2. Pitcha: vai poder andar de ônibus sem pagar passagem?
3. Jujuba: menos 2 mil! 
4. Didi: The Ciao! by Dahon. What a bike!!! Just 4 U!!! 
5. Preguiça: nunca te vi dançar tanto!
6. Athena: que pena, só no ano que vem!
7. Diogo: amanhã tem vinho no almoço! Meu convidado!
8. Ams: monaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Podia continuar...mas parei.

Então tá!

Abraços,

Simone.
        

    

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Hoje nasceu uma Diva"

Oi,

Hoje nasceu uma Diva. Essa expressão não existe, mas poderia. Um dia como hoje não se acha facilmente no ano. É um daqueles dias que ficam para a posteridade, merecendo um vermelho de feriado no calendário.

Não fosse por um detalhe importantíssimo, hoje já seria amanhã. O sol amanheceu quatro oitavas mais cedo e vibrou acordes de luz inundando meus olhos de música. Foi luz o dia todo, perfume leve e cor de girassol.

Hoje é dia oito de dezembro e isso é muito importante. Ontem foi um dia antes do dia mais importante e amanhã será depois. E pra que tanta deferência a um dia como hoje? Hoje nasceu uma Diva.

Um abraço,

Simone.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos" - Confúcio

Boa noite!

Que mania temos de ter expectativas! De esperar um bom dia, um carinho, reconhecimento, presente, lembrança e amor.

Em oitenta por cento das vezes não recebemos aquilo que gostaríamos e nem damos aquilo que esperam de nós. O ser humano gosta de criar armadilhas para si mesmo. Alimenta emoções e depois reclama, faz bico e emburra.

De onde vem essa necessidade? Já nascemos da expectativa do outro; nossos pais esperam um filho, esperam que seja saudável, inteligente e se dê bem na vida. Não fui quem disse; foi Lacan.

Para Maslow há cinco tipos de necessidades: fisiológicas, de segurança íntima (física e psíquica), de amor e relacionamentos (participação), de estima (autoconfiança) e necessidades de autorealização. Nós não buscamos apenas saciar necessidades físicas, mas crescer e desenvolver em várias frentes.

Para a maioria dos brasileiros a expectativa é rasteira: ter o que comer, onde morar e vestir. Conseguidas as necessidades básicas, vem a saúde, segurança e educação.

O que esperar de si mesmo? Como construir uma proteção contra a enorme expectativa que criamos para nós? Se alguém souber, me informe.

Um grande abraço,

Simone.

domingo, 28 de novembro de 2010

Dias de guerra para obter a paz

Boa noite!

O Rio de Janeiro vai amanhecer segunda-feira mais leve.

Nesta semana vivemos um clima de medo acima da média. O cuidado que geralmente temos ao andar pelo Rio e por qualquer cidade grande do mundo, teve um acréscimo de terror. Não sabíamos se nosso carro iria ser alvo de molotovs ou se levaríamos uma bala perdida.

Tocaram fogo e terror nessa cidade linda e perdida para o tráfico. Mas era bom ver o carioca seguro, confiante nas autoridades que antes estavam totalmente desacreditadas. Era bom passar por blitzes e entender que o preço de um caos temporário estava sendo pago com gosto.

Hoje ouvi os pássaros cantando nas ruas de Humaitá, vi o povo com carrinho de feira e gente bronzeada voltando da praia. E até os turistas estavam sorrindo, como se deve, nesta cidade maravilhosa de gente que quer ser feliz e continuar a cantar suas belezas e gingar seu charme.

O Rio será melhor, passará por mais essa prova com a calma de baiano do sudeste. "O Rio de Janeiro continua lindo" e mais seguro.

"Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro" lutar por liberdade e paz. Estou em paz aqui, como estaria em qualquer outro lugar, não tenho medo, não quero sair daqui; meu coração bate em ritmo carioca: tranquilo.

Um abraço,

Simone.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"O bom humor é uma das melhores peças de vestuário que alguém pode usar na sociedade" - William Makepeace

Bom dia!

Tem muita gente pelada por aí! De uma nudez tão agressiva quanto a miséria humana. Carentes de um coat clássico, elegante, de lã inglesa e corte impecável, os mau humorados acordam com frio e perguntam a si mesmos: o que vai acontecer hoje que me deixará mais mau humorado do que já sou?

É impressionante a ausência de bom humor nos dias de hoje. O povo anda azedo e faz cara feia até para poste: o que esse poste está fazendo na minha frente? Quem colocou essa porra de poste nesse lugar? É capaz do sujeito chutar o poste e quebrar o dedão só pra mostrar sua indignação com algo que não está do jeito que queria. Daí vai xingar no hospital, de porteiros a médicos, vai espalhando seu mau humor e recebendo um tratamento cada vez mais hostil. Lei de ação e reação.

Se você der bom dia no elevador e não ouvir nenhuma resposta, não se irrite; ganhar um bom dia no elevador hoje em dia é tão difícil quanto ser bem atendido por uma compania telefônica. E há aquelas pessoas que acham que você deve andar com dinheiro trocado, como se você fosse um caixa de banco, preparado pra pagar com dinheiro trocado sempre. A cara de raiva da mocinha do caixa de qualquer lugar que você esteja pagando dois reais com uma nota de cinquenta é de chorar de rir. O melhor a fazer nestes casos é ir ao lugar sempre com uma nota de cinquenta ou de cem! E dê a nota rindo, é melhor ainda.

Eu pergunto, toda vez que encontro alguém que descarrega seu mau humor em mim: “Você é mau humorado só às terças (encaixo o dia da semana) ou é todo dia?”. Na maioria das vezes nem recebo resposta, mas alguns me mandam pra aquele lugar e nunca vou!

Em alguns lugares o mau humor é mais presente; aqui no Rio, terra da alegria (rs), o povo anda mais irritado que paulistano em sexta de feriado prolongado, com chuva e passeata na Paulista. Uma cidade linda dessas com pessoas que rosnam mesmo quando você é a mais gentil das pessoas do mundo! Mas tudo se resolve com uma boa gorjeta, propina ou promessa de vantagem. Aqui todo mundo chama Gerson (perdão, meu primo querido e bem humorado, mas o publicitário que fez o comercial do cigarro Vila Rica nos anos 70, escolheu um jogador com teu nome).

Outro dia, chegando de Sampa, peguei um taxi no Santos Dumont. Eu estava com um humor tão bom que irritava! Entrei no taxi, dei bom dia e nada. Falei onde ia e nada. Perguntei: - Faz tempo que está chovendo aqui? E o cara respondeu: - Tá chovendo. Sei que a corrida terminou com: - Me deixa aqui que eu não quero desfrutar mais nenhum minuto da sua companhia. E saí no meio da avenida Rio Branco, há 100 metros do meu destino. Melhor a pé que mal acompanhada!

Aprendi uma música quando era pequena e canto de vez em quando, pra suspresa de quem me ouve: “Alô, bom dia, como vai você? Um olhar bem amigo, um claro sorriso, um aperto de mão. E a gente sem saber como e por que, se sente feliz e sai a cantar a alegre canção”.

E por aí vai! Uma delícia cantar essa música que minha avó querida me ensinou. E ela adorava fazer guerra de tremosso! Ria de perder o fôlego toda vez que acertava um tremosso na testa de um filho, um neto, um genro (estes eram os melhores alvos!).

Tenham um super dia, bem humorado, cheio de graça!

Um abraço,

Simone.

PS: este texto é dedicado a alguém que saberá que foi em sua homenagem!

domingo, 14 de novembro de 2010

"Alguns homens veem as coisas como são, e dizem: por quê?' Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo: por que não?" - G. B. Shaw

Bom dia!

Substantivo masculino (deveria ser feminino), são ideias e imagens que perpassam no espírito de quem dorme  e chave da ciência de Freud.  

O dia começa após o acordar de um sonho, todos os dias. Daí em diante o sonho fica etéreo, mesmo que seja um daqueles sonhos coloridos maravilhosos e cheios de significado. Fica lá, guardado na memória por um tempo decidido, mesmo que seja um recorrente, pois será sonhado novamente então não merece ocupar espaço.

Nossos sonhos de realização são diferentes, verdadeiras obsessões, por vezes nos acompanham por uma vida inteira. Sonhos possíveis e impossíveis. Coisas que queremos, estilos de vida que almejamos, passos que podemos dar em direção às aspirações que nos movem. Enquanto não se realiza é sonho ou desejo.

O lado ruim da história é a frustração de sonhos perdidos e esquecidos. Esses corroem e deixam o gosto amargo de uma vida desperdiçada, correndo atrás ou não, restam marcas a pontuar em rugas e doenças nosso corpo e mente. Gente curvada pela vida pouca, pequena ou equivocada.

Pior é não sonhar! Não ter motivo para construir um castelo sonhado pedra a pedra, carregando imensas cargas diariamente e suando as partes da planta desenhada, em um projeto lentamente cumprido e finalizado. É mais natural em nós a realização, senão estaríamos primários em tudo: habitação, alimentação, transporte, ciência, tecnologia, moral e política. Estaríamos de quatro, mais submetidos às leis da natureza e hostilidade do tempo.

Quem sonhou em falar e ver alguém de um lado do mundo, em tempo real? Quem sonha com a cura do câncer e rala nos laboratórios sem deixar de acreditar que irá conseguir? E vão! Vamos! E muito mais! Domar nossos medos, tratar diferenças como vantagens, competir com bolas e não mais com balas. Ter paz de espírito e sorrir para essa vida real, sem sonho guardado. 

Felizes, realizados e confiantes, andamos ou corremos em busca daquilo que nos falta. Nada pode nos conter a não ser nossa falta de sonho.

Um abraço,

Simone.  

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Saudade é uma palavra brasileira

Bom dia!

Sentir falta, pegar-se pensando em momentos como um filme antigo colorido e ter nostalgia de um tempo, fato, pessoa, lugar e situação não é exclusividade de nenhum povo; mas palavra pra isso, só neste pais. Vantagem? Só na língua.

Há saudade boa, aquela que vai embora quando chegamos de onde não queríamos sair. A chata: demora pra passar ou é remotamente reversível. E a pior, sem esperança de findar, granulada na vida e presente, insuportavelmente presente em todas as coisas.

É dor no meio do peito: experimente apertar entre os seios, bem no meio, quando a saudade literalmente apertar. Dói muito, no físico, na alma por vezes insone a buscar a ilusão e imaginação de quebra-cabeça.

Talvez existam tantas canções de saudade quanto de amor. Ou estão nos mesmos versos cantados, chorando abraçadas em alguma esquina boêmia etílica. Ciclica, a filha da puta parece ser mais insistente do que a mendicância urbana. Antes não houvesse a palavra, a memória ou o a parte do cérebro que registra, pois fica, fica, fica.

Um filme pegou o mote e resolveu na ficção o desejo de muitos: apagar da memória aquilo que nos enlouquece. Anote, se já não assistiu: "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Note o título sugerindo que só há luz permanente sem saudade. É verdade. No escuro de nossos cinemas mentais, há saudade demais.

Um abraço de quem chega pra matar a saudade,

Simone

sábado, 6 de novembro de 2010

"O número dos que nos invejam confirma as nossas capacidades" - Oscar Wilde

Bom dia!

Ouvi de alguém esses dias: "Que inveja de morar no Rio".  

Sábado nublado e abafado neste Rio de Janeiro de meu Cristo Redentor. Ontem fez um calor de Saara (e tem um Saara aqui!) e amanhã tem filmagem da saga dos vampiros ao lado da minha casa. Fora o surto de conjuntivite que deu o ar da graça nesse olhinho que nunca havia experimentado tal moléstia. A gripe, veio de Sampa.

E não é que ainda tem gente que sente inveja dos outros?  Quem é que deseja, em sã consciência, ser uma pessoa invejável? Talvez a que mais sinta inveja.

Oscar Wilde deixa isso claro em sua frase, contando e externando os invejosos de sua vida e talento, como se isso fosse confirmação de sua superioridade; muita falta do que fazer, prestando atenção em pessoas frustradas que acham que a vida dos outros é sempre melhor que a sua.

O povo inveja tanto o que o outro tem, quanto o que o outro é; mas não dá para imaginar a realidade de cada um, o que se passa "por dentro" da pessoa, que tipo de medos e tristezas estão veladas numa pretensa felicidade aparente.

Há quem não tenha tempo de pensar nessa bobagem, tentando sobreviver nessa terra hostil. Há quem cague e ande para a vida alheia, porque a sua já é bem intensa. Há quem pense na sua vida como algo consequente, produto de suas ações pregressas. Há quem saiba que a felicidade não está em nada fora de si. Há quem olhe para frente e não se compara a nada.

Tenham um ótimo final de semana. Sem inveja!

Abraços,

Simone.   
             

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mudar é bom !

Boa noite!

Criar raízes é para plantas. Vegetais é que gostam de permanecer no mesmo lugar, com o mesmo solo, luz e estações. O homem é movimento, é invenção, é um organismo em progresso. Mas isso não se revela verdade absoluta.

Não é fácil para a grande maioria sair da zona de conforto, do círculo de proteção que vamos criando e lançar-se ao desconhecido, sem certezas ou determinismo; principalmente se já temos uma certa idade, uma estrutura social e laços fortes com a cidade e seu modus vivendi. É também do homem permanecer, fortalecer-se num mesmo lugar, cercado sempre das mesmas pessoas e emoções.

Conheço gente que muda tanto a ponto de perder-se, como conheço verdadeiras estátuas cobertas de cocô de pombo. O que está certo ou errado? Nem um nem outro. Parar no tempo e não viver a novidade parece desperdício, mas quem pode julgar aquilo que desconhece? Colocar-se na pele do outro é tão difícil e por vezes impossível.

Para mim serve uma coisa e outra; gosto de ficar, gosto de ir, de experimentar e recriar-me quando saio das coisas boas e ruins da vida. Neste momento estou indo e não sei quanto me distanciarei das raízes que deixarei.

Até mais, Sampa!

Um abraço,

Simone.



 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mãe e Pai, Irmão e Irmã, Família e Amor.

Boa noite! Um ser humano sem família fica torto, morto para receber e dar amor. E não basta ter família, tem de SER família. Achar boas as coisas ruins, permitir a intimidade forçada e ser quem realmente é. Podemos ser o que somos, a família acolhe e protege em seu cobertor macio e perfumado. Quando não existirem mais amigos, a família resistirá fazendo vista grossa para os defeitos que reconhece no DNA ou justifica-se como o espelho invertido de si. Família adoece junto, chora as mesmas lágrimas e tem o mesmo humor. Tem o mesmo paladar, os mesmos cheiros, os mesmos sabores. O sangue e la stessa faccia, o olhar e o modo de ver o mundo, familiar, confortável e seguro. Minha família é meu amor, meu jeito de amar e querer ser amada. Mais feliz é quem tem, quem pode dizer que tem e respira aliviado sem medo de estar só no mundo, na vida! Um abraço tamanho família. Simone.

domingo, 24 de outubro de 2010

Fontes da Longevidade

Boa tarde!

Existem tantas formas de prolongar e melhorar a vida, que é preciso uma agenda dedicada a isso! Terminei de ler um livro, título desse blog, que trás todas as informações que precisamos para começar ou reforçar atitudes voltadas à saúde.

Basicamente temos de nos alimentar corretamente, dormir bem e ser feliz. Com a idade perdemos muito da capacidade de retenção, reposição e produção de vitaminas; as vezes nascemos com determinadas carências que devem ser supridas com acréscimo delas.

Estou absolutamente apaixonada pelo conhecimento do corpo e de como podemos, com atitudes simples, ganhar muitos anos mudando nossos hábitos.

Vão aqui algumas dicas: afaste-se da farinha branca, do açúcar, do excesso de sal, da carne vermelha, de gorduras, de alimentos industrializados, do leite de vaca, do fumo e do álcool. Novidade? Nenhuma! Mas tirar isso da vida da gente não é fácil.

Tente: fazer exercícios pelo menos três dias por semana, durma antes das 23h00 horas e acorde antes das 08h00. Não se estresse, conviva com a família, tenha amigos, faça sexo seguro e regularmente.

Coloque em sua vida: frutas vermelhas (morango, framboesa, amora, mirtilo), nozes/amêndoas, whey protein, linhaça, aveia integral, couve, brócolis, cenoura, beterraba (eu odeio e substituo por cenoura), mel, chá verde, peixes de água fria (salmão, atum, truta), iogurte (nem morta! Substituo por ricota ou queijo cottage), chocolate (40 gramas por dia! Eba!), vinho tinto (um copo por dia, no máximo), arroz integral, pão 7 grãos e muita água.

E complemente: todas as vitaminas B, vitamina A, D, C; além de zinco, cromo, potássio e cálcio. 

Vale a pena mudar a vida, tirar o que não serve e pensar mais leve livrando-se dos fardos desnecessários, de gente negativa e preocupações inúteis.

Um ótimo domingo e saúde!

Um abraço,

Simone.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Só sei que nada sei

Boa noite! Eu vi um homem espancando um menino. Caído no chão o menino absorvia os chutes como se fosse um saco, resignado e consciente da sua sina. Sem choro, porque sabia que suas lágrimas não trariam sua mãe para protege-lo. Talvez nunca tenha chorado; aprendeu a chorar para dentro. Um menino abandonado ao relento e exposto às violências naturais de quem não tem futuro. E de repente dois homens o defenderam e se colocaram entre o pobre menino e o homem insano. Uma massa queria continuar o massacre e apenas dois homem contiveram a turba sedenta de sangue. E ficaram lá, garantindo que o menino não fosse surrado até a morte. O menino sentado na rua, com dores e a cabeça escondida, curvado e quase desaparecendo de tão esquálido e insignificante. Ele queria um celular, um cordão de ouro, um tênis ou somente uma mãe. Esses meninos que nos assaltam esfregam a desigualdade, descaso e incompetência da sociedade nada social. Pobres meninos e meninas órfãos de tudo, inclusive do nosso olhar e compaixão. A miséria corre em nossas veias e ruas. Somos mais pobres que eles; pobres de espírito na confortável poltrona, vendo e nada fazendo. Triste, muito triste. Um abraço. Simone.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Depois de um longo e tenebroso inverno...

Boa noite!

Essa frase no título, algumas vezes, era o início da tirinha do Snoopy; aquele beagle fofo e temperamental. Falo do Snoopy só para informação, porque o assunto não tem nada a ver com ele. 

Então, depois de um tempo sem escrever nada, o tal longo e tenebroso inverno (que nem foi longo e nem tenebroso), volto dando o ar da graça meio "de volta ao começo".      

Esse blog foi criado para fazer o bem e no meio do caminho dei uma desvirtuada geral, pois reconheço que perdi o foco e deixei de lado o objetivo maior, dando vazão às coisas pequenas e desinteressantes da minha vida.

Pois bem, passado o tempo de viagem egocêntrica, direciono meu olhar para o mundo e coisas que realmente importam.

Recado dado! Amanhã posto algo mais.

Um abraço,

Simone.  


terça-feira, 28 de setembro de 2010

"Pequeno Dicionário para Pessoas Tacanhas"

Bom dia ou noite, nem sei...

Desanimo porque sei que vou viver muito e perpetuar minha estranheza frontal na tacanhice de gente miúda. Quando penso que já vi tudo, schlap! Lá vem um tapão na orelha a desorientar minhas certezas e prostrar-me diante da ignorância e truculência insensível dos parcos de amor.

Selva inóspita e hostil essa que habito! Vou levando calotes, galopes e lambadas no lombo, shot gelado na veia a esgueirar-se até meu músculo cardíaco vecchio. E congelou hoje. Ficou branquinho, pálido como meu rosto sem cor. Não pude falar nada porque não havia palavras que pudessem ser entendidas.

Faltam palavras no Pequeno Dicionário para Pessoas Tacanhas. Se eu dissesse que fui vilipendiada, teria de explicar. Se fizesse uma analogia sobre o que fazem as naftalinas em armários, perguntariam sobre traças. Mas não eu não falo de inseto e sim de gente que mais parece inseto. Esmago  com a mão, pé ou raquete elétrica. Mato e vejo suas entranhas brancas explodirem na calçada molhada. Barata, de segunda, de quinta.

E pasme, nem desculpa existe nesse léxico! Gentileza, língua morta. Minha língua morreu, não beijará mais; mais nada. Olharei, sem palavras a desperdiçar ao vento norte, morto. Vou baixar noutra freguesia onde minha prosa vire verso e alguém que seja teu inverso reverta a revolta envolta em lágrimas serenas.

Eu sabia, sempre soube e não quis acreditar na natureza bruta. Filha da puta!

Sem abraço, nunca mais.

Simone.   

   

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Começar a semana bem!

Bom dia!

É fácil começar a semana de bem com a vida! É só querer. Hoje (domingo) estava lendo uma resenha sobre "reconhecer nossa sombra" e como essa atitude pode melhorar a vida.

A matéria falava como podemos viver melhor reconhecendo nossos defeitos, limitações e idiossincrasias. É verdade! Quando nos sabemos falíveis e imperfeitos, aceitamos mais o alheio, não querendo ver a prefeição que não temos no outro. 

Quem pode atirar pedra no telhado do vizinho sem considerar que as pedras podem ricochetar e esburacar nosso teto? 

E não vou me alongar, o recado é direto e dispensa divagações.

Tenham uma linda semana!

Abraço,

Simone.  

domingo, 19 de setembro de 2010

Sábado em Sampa!

Boa noite! Do Iphone, porque a preguiça tá enorme! Trabalhando muito e várias coisas pra acertar no final de semana. O vinho foi criado por deuses!!! Tinto, porque o resto não interessa. Tome um carmenére chileno, um malbec argentino ou um bordeaux e fique mais próximo da divindade. Só isso. Beijos, Simone.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lobo em pele de cordeiro.

Boa noite,

Hoje vou pesar a mão! Falar de psicopatas!!! Primeiro uma breve descrição desse povo maluquinho que se esconde em pele de cordeirinho cor de rosa.

A psicologia enquadra esses indivíduos que manipulam e chantagiam como psicopatas, é séria a coisa! São pessoas que dissimulam seu comportamento: se fazendo de tolos ou bobos, fingindo nada saber, mas fazendo tudo com algum objetivo. 

Os cordeirinhos manipulam e controlam o ambiente e as pessoas, para tirar vantagens que variam desde recompensas materiais à pura diversão. São pessoas com profundos traços sádicos e sentem prazer ou indiferença ao levar os outros ao sofrimento. Esmagam suas vítimas sutil e imperceptivelmente; não percebemos que estão apenas posando como sendo pessoas "do bem". Que meda!

Os "bonzinhos" também usam sua manipulação, influência, lábia, drama, teatralização e a inversão de papéis, onde faz-se sempre de vítima, sendo a sedução uma das armas para induzir as outras pessoas a se deixarem manipular.

Com isso procura obter lucro ou simples diversão. Podem dissimular qualquer coisa, para conseguirem o que querem. E o pior é que geralmente dissimulam tão bem que é difícil não cair em alguma manipulação do psicopata.

São tão sacanas que conseguem camuflar perfeitamente seu lado negro e obscuro, aparentando ser uma boa pessoa. Gentis, educados e simpáticos, fogem de ser "antipático" ou "estranho", o que camufla o sujeito; aí mora o perigo, pois os que menos aparentam crueldade são as principais suspeitas.

Você, eu e qualquer um pode estar convivendo com um psicopata! Agora mesmo! 

Fique atento à bajulação excessiva, ao agradar exagerado, elogios, a sedução compulsiva, o jogo de se fazer sempre de vítima e a flexibilidade para tornar-se aquilo que o outro deseja; são táticas para cegar as pessoas, seduzi-las e encobrir suas verdadeiras intenções, tais como manipulações e controle.

São chantagistas exemplares! A ingratidão é de praxe e tratam as pessoas como coisas e acreditam que todos foram objetos, seres criados apenas para recompensar sua existência. Quando não conseguem o que querem, descartam as pessoas como coisas inúteis.

E por que eu estou escrevendo isso? Advinha!

Um abraço e cuidado com os cordeirinhos maluquinhos! 

Simone. 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Shhhssssssss

Boa noite!

O silêncio é tão necessário quanto o ar.

É preciso ouvir mais o silêncio para entender os sons. Quantas palavras soltas, jogadas ao sabor de algum propósito, impróprias e consequentes!

Quanto ruído a romper os tímpanos e macular o sossego do recanto solitário sem voz. Um suspiro basta, um olhar pode dizer mais que um discurso e uma frase bem colocada pode valer uma vida.

Quem já não passou dias sem dizer uma só palavra e não sentiu falta da própria voz? Os pensamentos ecoando na alma, guardados no coração a esperarem o momento certo de serem verbalizados um dia ou nunca.

Palavras morrem na língua tímida, confinadas em algum ponto a esperar um porto, regaço seguro onde possam gritar. Encontram abrigo em ouvidos que amam ouvir e calar.

Um canto é palavra acalantada na garganta e encanta embalando. É muita poesia não falar e deixar o silêncio bastar.

O silêncio é um beijo na boca.

Um abraço,

Simone.

domingo, 5 de setembro de 2010

Todo dia é dia de ficar perto de Deus.

Bom dia!

O domingo, na grande maioria das religiões, é dia de ficar perto de Deus. Como se fosse o dia de encher o copo de energia boa para suportar a semana. E ontem foi dia também. Como na frase de introdução, não há dia certo, nem dia a menos.

Há música para ficar perto de Deus, como o canto litúrgico da igreja ortodoxa Russa, por exemplo. Ortodoxo como a crença, o canto litúrgico Russo prescinde de artifícios e utiliza somente a voz ou melhor, as vozes. Existe uma série desses cantos criados por Rachmaninov e realmente são divinos, calmos e profundos, melodiosos e inspiradores. Vale a pena ouvir.

Por todo lado vemos Deus, podemos vê-Lo. Respirando, acordando e olhando no espelho pela manhã, vemos Deus. Na chuva, vento, sol e mar. Animais, plantas e pedras. Nas luas e estrelas, no infinito.

Hoje podemos estar mais perto, mas nunca distantes, nem um minuto. Essa fé nos move, move montanhas e lágrimas. Junto de cada um, um anjo destinado que nos acompanha e cuida por Deus. A voz que ora, alcança Deus e acalenta a alma com um doce perfume de esperança.

Ficar longe de Deus aflige, entristece e leva a vida a recantos escuros e muito frios ou muito quentes. E mesmo tendo na carta de Laudicéia "Seja quente ou seja frio, não seja morno que te vomito", provocando nossa reação diante das coisas da vida, queremos o terreno morno, aconchegante e seguro.

O recanto mais seguro é ao lado de Deus. De Jesus e Seus ensinamentos.

Tenham um bom dia, bons dias perto de Deus!

Um abraço,

Simone. 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"As obras que se fazem depressa nunca são terminadas com a perfeição devida" - Miguel de Cervantes

Boa noite!

Esta vida está carente de Dom Quixotes; gente que acredita em sonhos que podem tornar-se realidade. Hoje não há Sancho Pança que apoie alguém em uma aventura ou fantasia. Todo mundo quer mais do que uma ilha em troca. Todo mundo quer mais do tempo.

Não há Rocinantes a serem montados e nem lugares onde se possa lutar com moinhos de vento. Os tempos e os ventos são outros. É a pressa, valorizar coisas sem valor, passar por cima, não ir fundo e nem se deter mais do que o mínimo.

Quanto tempo Michelangelo levou para pintar a Capela Cistina e quanto tempo depois ela ainda encanta? Mozart compunha com obsessão, Picasso se reinventava e uma frase de T.S. Eliot levava meses para ser completada.  

O tempo era outro, havia espaço para a reflexão e hoje as decisões são tomadas num ritmo célere, como se não houvesse amanhã.

Um assado não fica tenro sem marinar por longas horas e assar outras tantas, as árvores demoram a crescer e um filho desafia a paciência de quem vive de delivery.

É preciso ser rápido, veloz, diligente e chegar na hora ou antes. A paisagem sublimada chora de saudade dos viajantes pedestres, despreza o trem bala e odeia o avião. E o que dizer de quem viaja e bate ponto em horas numa cidade, colocando em seu álbum o registro de sua passagem?

Outro dia perguntei a um conhecido que se gabava de ter conhecido Paris e perguntei sua opinião sobre o Louvre. Ele não foi. Mas comprou muitos perfumes na galeria em frente (ele não lembrava o nome). Não comeu um éclair sequer.

A pressa é inimiga da perfeição, mas quem precisa da perfeição se pode ter uma reprodução da Gioconda no lavabo (um banheiro expresso)?

Haja paciência com quem a não possui.

Um abraço demorado, sem pressa.

Simone.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"De perto ninguém é normal" - Tolstoi e Caetano Veloso???

Bom dia!

É do homem admirar e invejar. A idolatria por pessoas que se destacam por algum feito é normal. Uma imagem de perfeição tolhe o julgamento e disfoca a percepção da realidade, tão clara e ao mesmo tempo turva. Mas hoje em dia os mitos são mais frágeis que nós.

Há algum tempo a desconstrução do mito tornou-se hábito. Revistas dedicadas a expor todo o tipo de história real, mina a fantasia e o reino perfeito de príncipes e princesas. As fotos posadas, em oposição às dos paparazzi, tentativas de um e de outro; o que se quer mostrar e esconder, ambos atraentes.

Qual a motivação para destruir a imagem, antes perfeita, daqueles astros midiáticos, com sorrisos clareados e vidas de sonho? Torná-los iguais, normais, pares de nós. Aproximados dos ídolos, talvez possamos sentir seu mau hálito, ver sua unha suja ou perceber a barra da calça colada com fita crepe.

O mesmo acontece em nossos relacionamentos; sejam eles de qualquer espécie: na família, amigos, trabalho ou amoroso. Ninguém permanece “normal” por muito tempo, nossa persona tende a pular de nós como aquele palhaço de mola das caixas surpresa. Nem penso em entrar na discussão do que é ou não normal, para isso teria de começar tudo de novo.

Hoje mesmo li um artigo sobre o Orkut e suas “melhorias” (o que se pode melhorar naquilo?) e agora os caras criaram uma forma de você “se dividir”, isto é, de ser o que interessa para cada grupo. Taí a prova de que não somos nada normais (o que é ser normal num mundo que acha que ter Orkut é necessário?).

Voltando à vaca fria (ou profana), devassar a vida alheia nos conforta? Trás para perto, em nossas salas com home theater, os astros do cinema, da TV e dos reality shows. Servimos uma pipoca ao último escândalo, saboreando o ídolo na manteiga, comendo-o vivo, assim como invadimos as páginas de sites de relacionamento à procura de segredos que não são segredos, senão não estariam lá.

Hoje as pessoas colocam as informações para serem descobertas, reveladas página a página. E haja saco para ver aqueles churrascos e o povo fazendo aquele sinal de dois dedos! Devolvo meu sinal com um dedo, aquele do meio. Eu sou normal!

Já prevejo os comentários (o povo não se expõe no blog e manda por e-mail) questionando sobre o contra senso: - O seu blog é uma forma de se expor! E respondo, antes que perguntem: - Porra sou normal!

Um abraço,

Simone.

domingo, 29 de agosto de 2010

Esquecer de mim.

Bom dia!

A partir de hoje não falarei mais de mim. Chega. Quem se interessa por mim, a não ser eu? Essa verborragia egocêntrica não leva a nada. Posso fazer o mesmo sem publicar, sem divulgar ou explicitar. Falo demais, sempre falei.

Hoje li uma frase de Leonardo Da Vinci, providencial: "A ostra se abre totalmente na lua cheia. Quando o caranguejo a vê, joga uma pedrinha ou alga marinha, ela não pode mais se fechar e serve de alimentação para ele. Tal é o destino de quem abre demais a boca e se coloca, portanto, à mercê de seu ouvinte"

Fui ostra um tempão e abri tanto minha concha que agora será difícil fechá-la. Fui presa fácil, escancarando meus defeitos, minhas dúvidas, meus percalços e desilusões.

Acabou! Falarei de outras coisas, menos de mim. Esqueçam de mim! Não sou interessante o bastante para acreditar no valor das minha vida para qualquer pessoa.

E sendo assim, falarei dos outros. Vou expor os outros. As coisas de outrem, interessantes para a minha vida e de quem quiser.

Hoje o assunto é Maria Callas, a Divina. Nascida  Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou, dia 2 de dezembro de 1923, em Nova Iorque. Para obter dados biográficos mais detalhados, pesquise no Google, que contém farto material sobre a vida dessa mulher absolutamente interessante.

Callas tinha um alcance vocal único, indo de mezzo à coloratura, o que lhe dava flexibilidade de repertório e destaque. Interpretava com uma intensidade carismática e trouxe a ópera de volta à cena, numa época onde as novidades musicais dominavam a mídia.

A mídia explorou a vida de Callas com sua permissão; ela ingenuamente acreditava que estar exposta  propiciava mais alcance à sua arte, quando na verdade o interesse no escândalo e fragilidade da mulher era o objetivo primeiro.

Conheceu o amor físico no armador Onassis, sedutor inteligente, responsável por seu desequilíbrio e descontrole, prejudicando a mulher e a artista. Sofreu por amor, morreu de amor. Optou por ser a outra, ficando disponível aos encontros cada vez mais raros, menores.

O quanto se pode perder quando nos perdemos por amor? Callas foi o que foi e não há lástima que apague as conquistas; pensar no que poderia ter sido se não tivesse sido o que foi é inútil. Pensar: se ela não tivesse se perdido, se não fosse tão perfeccionista, tão visceral, tão intensa, teria um fim diferente. Se não fosse o que foi, não seria Callas. Ela foi o deveria ter sido.

Ouvir Callas interpretando Norma, Tosca ou Medea é ouvir Deus na voz de mulher. E isso basta. Sua vida é coadjuvante diante da voz. Sua beleza e altivez grega era frágil e forte.

Para ouvir Callas não há necessidade de erudição, só amor. O amor na voz conquista os ouvidos menos treinados. Hoje é dia de ouvir Callas, amanhã também. E dia 16 de setembro é dia de rezar por sua alma, que completará 33 anos de ausência neste mundo.   

Uma salva de palmas! Diva, prima donna, La Callas, divina! 

Um abraço,

Simone.   



sábado, 28 de agosto de 2010

Um amigo é bom, dois é raridade. S.O.G.

Boa tarde!

Lendo algumas coisinhas, comecei a pensar em amigos e inimigos. Hoje estou triste.

Sei quem são meu amigos? Tenho inimigos? Fiz amigos e inimigos?

Os amigos deixo entrar, faço as honras na minha vida, que conto na confiança. Acredito que são como sou e sempre me dou mal. Aos amigos, a verdade, o conselho, a hora perdida. Sempre serei assim.

Nesta semana magoei, fui magoada. Respondi à falta retaliando e desdenhando o afeto esquecido. Não quis saber os motivos, mas bem os sei. O egoísmo e a pequenês de alguém que exige mais e toma conta como cão de guarda.

Entendo, porque já rosnei às ameaças do passado que tentavam invadir meu quarto. Rechacei  as tentativas de acesso e coloquei os bichos pra fora, indignada com a ousadia de ciscar no meu terreno, posto que era passado.

Agora vejo, inerte, devolverem-me o comportamento pretérito. Como vingança, talvez. E tenho tanto desprezo pela vingança quanto pela avareza. Percebo, entendo e assimilo a lição que não gostaria de aprender; desnecessária seria, caso tivesse agido com sinismo, deixando meu leito ser adentrado por uma sombra. Mas eu era tão insegura que não percebi o gesto previdente de deixar-me parecer magnânima.

E agora tenho de deixar que o barco suma no horizonte. O baaaaaaarco. Vai embora, desapareça e só volte com boas notícias. Nem pense em acenar, pois virei-me e não miro mais uma imagem difusa, esvaída na fumaça, esquecida previdentemente a proteger-me.

Vai passado, vai. Solto tua mão e já não sinto seu calor. Amigos? Não. Inimigos? Não. Somos nada. Nada.

Uma lágrima, só uma selou a carta que não mandarei.

Um abraço, sem braço.

Simone.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca" - Clarice Lispector

Boa noite!

Noite quente de inverno carioca, de fogo brasileiro. Quente de paixão, de nudez necessária, de abanar e flanar no asfalto escaldante, descalça...

Os quartos de hotel do Rio tem piso frio, mas isso não alivia o coração em brasa, lenha vermelha atiçada, sem bombeiro a vista. Queima, queima dentro de mim e só quero arder e que não tarde a incendiar-me completamente.

Gostar é bom, amar é super. E gostar vem antes de amar, depois de amar. Salvei-me, pois gosto. Estou à salvo do pecado de não gostar, absolvida por sorrir meu pensamento por ti; só tu sabes. Eu disse: penso em ti, mesmo estando contigo; e isso é de gostar, de querer esquecer as vezes que não pensei. Nem sei.

Amanhã será mais um dia acrescentado na conta sem fórmula, somos a falta de lógica e cálculo. Somos apenas soma sem resultado. Somos sós, nós desatados, nós.

(suspiro)

Beijo quente,

Simone.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem conexão no lap!!!! What a mess!!!

Boa noite! Hoje tá difícil postar, merda! Tentei por mais de uma hora pelo lap e nada. Então vai só uma declaração: te adoro meu Basquiat!!!! Olha ele aí!!! Beijo no cão meu amigo, que lambe minhas lágrimas e sente minhas dores. Cachorro é tudo de bom! Abraço! Simone.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"A melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo" - Allan Key

Boa noite!

Eu vejo meu futuro, ali na esquina. Sinto o dia de ontem determinar o de hoje, contruindo as bases de coisas que ainda serão.

Tento dar passos certos, concentrando a direção e velocidade, pensando os passos como se o chão fosse faltar. Tateio o solo e lentamente e vou avante; olho pra trás sim e talvez tenha de voltar um pouco e refazer o traçado.

No início do ano eu fiz meu mapa astral cármico, faço todo ano. Não há nada previsto que não possa ser alterado, não há nada marcado que não se possa apagar.

Eu ouvi este ano: você nunca esteve tão forte e decidida. Balancei a cabeça concordando, pois era exatamente como me sentia. Então estava ouvindo previsões ou pós visões? Eu já havia decidido um monte de coisas e só ouvi o que sabia.

Meu futuro eu faço, o que sou hoje é resultado das minhas decisões; certas ou erradas foram feitas por mim, mais nada ou ninguém.

As vezes ouço pessoas culpando o destino pelas coisas infelizes que as perturbam, como se tudo conspirasse e não houvesse responsabilidade no produto da vida que resultou. Culpam pessoas, empresas, a sociedade, até Deus. Clamam por uma justiça que já foi feita, com nossas mãos, em nosso malefício.

Posso ser minha carrasca, minha escrava, algoz, sabotadora, assassina, vingadora e juiza. Posso ser minha desgraça, mas não. Dou-me ao luxo de perdoar-me, entender quem sou mais do que qualquer um. Não peço nada pra mim mesma que não possa atender. Não carrego pesos inúteis, não me machuco mais.

Mas não foi sempre assim. Aprendi há pouco, pouco a pouco. Dando passos no escuro, saltando montanhas invisíveis. Tentando chorar menos, sorrir mais, pedir menos e agradecer mais.

Estou fazendo minha felicidade a despeito de dias não tão felizes, dias comuns ou ruins. E pergunto: o que aprendi hoje que não sabia? Amanhã eu já saberei mais, mesmo que seja uma lição decepcionante, de cair na real ou descrer em alguém ou algo.

Vou indo, andando e parando sem estagnar. Quero ser mais doce, mais sábia, quero ler coisas surpreendentes e ficar boquiaberta com as novidades que descubro em paisagens conhecidas e impossíveis.

Quero o mar indo e vindo sempre diferente, trazendo vida e movendo a areia, refletindo o sol e a lua, bebendo a chuva quente, neve fria, cedendo e resistindo ao vento, tempo infinito.

Vou e volto. Sou outra e a mesma, viva!

Um abraço,

Simone.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ando por ai, querendo te encontrar em cada esquina paro em cada olhar, deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar...." - Cássia Eller

Boa noite,

Dois dias sem nada postar, prostrada, na verdade. Cansada de ir e vir e não ficar um pouco mais.

Tenho procurado a energia da qual preciso urgentemente, tenho segurado palavras, tenho engolido uns sapinhos doces. Tudo na exata medida, sem excesso, exagero ou superestimação. 

Eu espero sem olhar no relógio, sem ansiedade ou desespero. Ando por aí, quero encontrar, vou encontrar. Volto ao mesmo lugar em posição diferente, no mesmo dedo e na mesma mão, guardando o espaço que reservo para um só olhar.

Meio incubado esse papo, cifrado, codificado. Parece que escondo, mas se assim fosse, não estaria postado aqui. Não preciso esconder nada, já passei dessa fase. Como tenho meio século (e olha que demorei para admitir isso), dou-me o direito de falar muito mais coisas que penso, guardando mais do que gostaria, confesso.

Mudando de pato pra ganso (nem tão pato assim, muito menos ganso): hoje de manhã minha irmã foi me buscar (meu carro tá com meu irmão), saindo de casa só pra me trazer o carro dela e facilitar minha vida. Eu tinha as minhas coisas de sábado pra fazer. Ela chega com o rádio a mil, rock pauleira, pode? Essa minha irmã não existe! Ou melhor, ainda bem que existe! Obrigada, Meireles!

Correria à parte, deu pra fazer tudo e ainda tirar um cochilo gostoso a tarde. E receber uma ligação com notícias boas de uma amiga que estava tão perdida e se encontrou na necessidade dos cuidados que sua mãe precisa agora. Essa vida é mesmo sábia. Um doente que pode se curar, curando outro! E tome lição de vida!

Fico por aqui, na minha casa; eu e meu Basquiat cansado do banho, cheiroso e dengoso. Vou ver dois filminhos, comer pizza paulistana e carregar a energia à vera.

Tenham um ótimo domingo, uma ótima semana. Amanhã talvez eu poste algo, talvez. Almoço com meus pais, uma espiada no jogo do Palmeiras e ver um filminho no cinema (sou viciada em cinema) com minha amiga Adriana.

Beleza de vida essa minha!

Um abraço,

Simone.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Quem parte leva a saudade de alguém, que fica chorando de dor" - Rubens Campos

Bom dia,

Hoje é um dia cinza, foram-se os olhos verdes, os cachos loiros, o nariz de homem, o canhoto. Meu primo Miltinho foi embora desta vida ontem.

Aprendi um monte de brincadeiras com ele. Lembro do dia que ele me levou na Praça Cornélia para passear e molhar os pés na água de um tanque, cheio de lodo. Eu escorreguei e me molhei inteira. Ele ria de se curvar, mas me levou pra casa, segurando na minha mão e me fazendo rir. Eu estava verde de musgo e molhada da cabeça aos pés. E ríamos muito.

Ele era criativo, desenhava bem, foi artista gráfico, criador. Tinha um humor inteligente, sagaz. Era rápido no raciocínio, lindo e querido.

Eu nunca o vi falar mal de ninguém, fazer mal a ninguém. Pidle era seu apelido na  famíla. Hamilton Olivieri Junior, o nosso Miltinho. Casado com a Lela, pai do Caio e do André.

Rezo agora, sua dor acabou; um sofrimento de adulto numa cabeça de criança. Aquele sofrimento não lhe caía bem, não era para ele.

Miltinho, não estarei aí para lhe dizer adeus, estarei aqui pensando "até mais tarde", quando nos encontraremos para rir, tomar choco milk, passear em alguma praça e molhar nossos cabelos com uma chuva sem lágrimas.

Vá com Deus, com meu amor de prima, minha admiração e minha saudade. Dê um beijo na tua mãe, minha madrinha, outro na vó Leonor, na tua vó Nagibe, no teu avô Tião. Tenho certeza que eles estarão contigo, a te amparar.

Um beijo de saudade, meu primo amigo, meu querido Miltinho.

Simone.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente" - Soren Kierkergaard

Bom dia!

A filosofia é a disciplina ou a área de estudos que envolve a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das ideias sobre o mundo, o homem e o ser. Originou-se da inquietude gerada pela curiosidade em compreender e questionar os valores e as interpretações aceitas sobre a realidade dadas pelo senso comum e pela tradição.

Quando estudei filosofia na faculdade, pude abrir minha cabeça para coisas que jamais havia pensado. Entendi muitas coisas que nunca nem havia tentado, pensei mil vezes, percebi e enxerguei a mim mesma no mundo.

Quando olho para trás, entendo o que sou, como fui me tornando o que sou, cada peça colocada nos anos em cada uma das fases da minha vida. Eu vejo os erros e acertos, as voltas e o retorno a lugares que já conhecia, mas havia me distanciado.

Sou resultado, produto, extrato de uma infância bem vivida, adolescência rebelde e perdida, início da vida adulta confusa e maturidade tardia. Sou você, meu pai, minha mãe, minhas irmãs, meu irmão, meus mestres, meus algozes, meus relacionamentos, sou estranhos que vi pela rua, gente que servi, que me serviu, sou Deus, sou Brasil, sou São Paulo, sou Itália, sou República Tcheca, sou soul!

Eu vivi, "confesso que vivi", como Neruda. epitáfio que escolhi ao me dar conta de quanto é importante acumular vida. Hoje sou mais mulher, mais filha, mais irmã, mais amiga, mais profissional, mais prima, mais tia. Só não sou mais mãe, nem serei avó, Essa fica para a próxima.

Levarei dessa vida a mudança, minha bagagem, meu diário. Deixarei tudo o que não posso carregar; levarei-me, só eu e minha alma pesada de vida. Ficará meu rastro, uma pegada, uma lembrança vaga de uma mulher que quis ser feliz, que quis fazer feliz. Uma mulher que adora rir, chorar. Eu sangro, tenho dores, me machuco, machuco os outros, falo muito, mais do que deveria. E parei de me preocupar se serei lembrada, de ser querida, amada.

Agora estou mais leve, segura de que nada posso fazer; a não ser ser quem sou, com todos os defeitos, poucas qualidades e muitos desejos.

Meu passado sou eu, presente no futuro. Faço meu dia olhando além, desenhando o que ainda serei.

Um grande abraço,

Simone. 




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu Bicho Preguiça!!!

Bom dia!!

Olha só que lindo é o meu Bicho Preguiça!!!



Coisa mais linda!!! Adooooooooooooooro!!!

Eu tô felizzzzzzzzzzzzzzz!!!

Tenham um super dia!!!

Abraços,

Simone




domingo, 15 de agosto de 2010

"A consciência é uma pequena lanterna que a solidão acende à noite" - Madame de Stael

Boa tarde,

Acordei cedo, mas dei-me ao luxo de ter a preguiça dominical, dormindo um pouco mais, levando mais tempo para fazer café, molhar as plantas, passear com o Basquiat.

Que frio é esse? Delíciaaaaaaaaaaaa...

Estou só, quer dizer, só eu e o Basquiat, pra variar...rs... Decidi nem sair pra almoçar na casa da minha irmã (que sempre me chama, a querida!). Ela também gosta de ficar só, se basta. Taí uma mulher que admiro, que gostaria de ser 10% do que ela é. Eu a chamo de "mãe espiritual", que cuidou de mim quando criança e ainda cuida, mesmo sendo pouco mais de 8 anos mais experiente que eu. Mas é um espírito antigo, evoluído, grande em sabedoria.

Ela dá importância ao que importa, ama sem melar ou proteger em demasia, diz verdades com doçura, mesmo sendo implacável. Sabe perdoar, enxergar as pessoas como são; cheias de defeitos e qualidades. É generosa, sabe tricotar e cozinhar muito bem. Tem dois filhos lindos, exemplares.

Hoje liguei pra ela avisando que ficaria em casa, quentinha; e afirmei: - Você entende que eu não queira sair de casa. E ela entende, claro. Não vai tomar como preguiça ou desejo de não vê-la. Vai entender sempre. Ela respeita, considera que cada um tem suas necessidades, que não podemos querer que as pessoas sejam do jeito que queremos, que façam o que desejamos.

Eu tenho tanta sorte! Meus irmãos, todos eles, são pessoas maravilhosas. Seres humanos distintos, honestos, amorosos. Meus pais fizeram um bom trabalho! E tenho tias, tios, sobrinhos, primos doces! Todos caramelados pela Vó Leonor. 

Hoje sei mais sobre amor do que nunca soube.

E quero agradecer a Deus a chance que tenho de conviver com estas pessoas incríveis, agradeço em prece todos os dias e o faço aqui, explicitando a importância do reconhecimento, de falar o quanto sou grata por ter sido escolhida para viver entre eles.

E ainda neste final de semana tenho de agradecer a o oportunidade que meu bicho preguiça me deu de permancer perto: obrigada! Teu coração é lindo, eu já disse. Sinto uma coisa boa vindo de ti, sempre. Gosto do teu jeito, do teu jeito de ser. Confio em você. Não posso mais perder a chance que tenho e quero que saibas: eu sei o que quero! Não terei mais dúvidas ou pensamentos bobos, nem exigirei que sejas diferente do que és. Eu saberei merecer a chance que, mais uma vez, me deste.

Fiquem em paz, com Deus, saúde e amor.

Um abraço querido,

Simone. 

sábado, 14 de agosto de 2010

Frio em Sampa, coração quente no peito.

Bom dia!

Que frio, heim? Gostoso, com jeito de Sampa, de saudade.

Acordei cedo (sábado é dia útil) e fui fazer minhas coisas de sábado.

Encontrei meus amigos no estudo semanal da doutrina e carreguei minhas baterias, como sempre. Já levei o Basquiat tomar banho, tomei café da manhã e lavei roupa!

Daqui a pouco vou no salão, tratar das mãos e pés, de mim.

A semana foi bem produtiva e cheia de realizações, como disse ao motorista de taxi ontem, voltando do aeroporto: "Eu trabalho e me divirto", ele perguntou se eu trabalhava com comédia...rs... Daí batemos um papo sobre como ser feliz fazendo qualquer tipo de trabalho, mesmo os mais sacrificados e difíceis. E concluimos que é melhor enfrentar tudo com bom senso e humor, com tolerância e humildade.

Motoristas de taxi são sábios.

A tolerância é uma das coisas que acho cada vez mais imprescindíveis, principalemnte hoje em dia, onde me deparo com todo tipo de comportamento e violência velada e escancarada.

E tome lição de vida! 

Tenham um ótimo final de semana!

Um abraço,

Simone.