domingo, 24 de março de 2013

Olhos e alma


Os olhos realmente são espelhos da alma. O que eu vejo, minha psique processa e interpreta. Eu devolvo meu produto, visão exclusiva e retalhos da influência dos meios por onde andei. Mesmo mirando a mesma paisagem não há garantia de unicidade ou unanimidade.

Meus olhos veem tudo e nada. Podem esconder o que veem, como se nada vissem e nada vendo, parecem terem visto. Meu olhar, parado e distante, de perdido não tem nada. É assim, em estado de contemplação, onde mais encontro um ponto, perspectiva.

Vejo coisas lindas e horríveis e choro por elas. A alma triste ou alegre deságua nos olhos e corre pelas veias, arrepia, dá náuseas e suor frio, treme os joelhos e seca a boca. Meus olhos alimentam meu corpo de luz, fraca e brilhante, quente e fria.

As cores de prisma e arco íris a pintar as emoções de tons claros e escuros, em preto e branco. Borrado ou escorrido quando em transe, em sonho.

São os olhos da alma que enxergam os sonhos?

Um abraço,

Simone.



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