Estou pensando muito; fritando, na verdade. Essa coisa de voltar à Sampa (minha casa) é mais profunda e significativa agora, em progresso. Muitos movimentos a serem feitos em curto tempo, mas produzo muito e as horas rendem tanto que sobra. E nessa sobra sobrevivo à ansiedade inevitável. E penso.
Um dos muitos pensamentos que passaram em fila foi: E se voltar não fosse voltar e sim “ir”? Sim, indo e não voltando. Desenvolvo...
Embora a cidade seja velha conhecida, desnudada mil vezes nas entranhas e tribos, ao mesmo tempo é viva e mutante. Serei estrangeira em meu território e sei bem, os vínculos não existem mais.
Será tudo novidade; onde vou morar trabalhar e mais. Tudo diferente!
Penso: tenho a chance e sorte de viver diferente em um lugar igual! E ainda levo a bagagem de viver no Rio de Janeiro! Isso é assunto pra outro texto, tamanha riqueza de experiências de toda sorte!
Então não é melhor a definição de “ir” e não voltar? Essa postura me parece mais valente e desafia minha fome pelo novo, pela evolução, planejamento e futuro, muito futuro.
Pensei no medo e ele continuou a andar lá longe, porque minha fé tem estofo e berço; assim, como sou a única pessoa que pode atrapalhar, foda-se o medo!
Pensei também: pra variar, vou chegar e encontrar um monte de pepino, abacaxi e abobrinha pra descascar. Bacana! Serei útil mais uma vez. E aos poucos a feira estará organizada e daí é trabalhar para melhorar as coisas para as pessoas. Vou tentar, prometo conseguir!
Pensei incessantemente no amor. Dias, em horas seguidas e alternadas. Senti o frio que me espera em Sampa. Ao mesmo tempo penso: tenho de dar o tempo das estrelas se ajeitarem e o assim destino entregar-me quem eu tanto quero. Não me apresso mais, com pressa nunca mais.
Enfim, é hora de “ir”. Realizado meu desejo, minha gratidão transborda, meu Deus. Obrigada pela paciência aprendida, resiliência desenvolvida, dignidade e humildade mantida (ih, rimou! rsrsrs).
Abraço,
Simone
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