Boa noite!
Criar raízes é para plantas. Vegetais é que gostam de permanecer no mesmo lugar, com o mesmo solo, luz e estações. O homem é movimento, é invenção, é um organismo em progresso. Mas isso não se revela verdade absoluta.
Não é fácil para a grande maioria sair da zona de conforto, do círculo de proteção que vamos criando e lançar-se ao desconhecido, sem certezas ou determinismo; principalmente se já temos uma certa idade, uma estrutura social e laços fortes com a cidade e seu modus vivendi. É também do homem permanecer, fortalecer-se num mesmo lugar, cercado sempre das mesmas pessoas e emoções.
Conheço gente que muda tanto a ponto de perder-se, como conheço verdadeiras estátuas cobertas de cocô de pombo. O que está certo ou errado? Nem um nem outro. Parar no tempo e não viver a novidade parece desperdício, mas quem pode julgar aquilo que desconhece? Colocar-se na pele do outro é tão difícil e por vezes impossível.
Para mim serve uma coisa e outra; gosto de ficar, gosto de ir, de experimentar e recriar-me quando saio das coisas boas e ruins da vida. Neste momento estou indo e não sei quanto me distanciarei das raízes que deixarei.
Até mais, Sampa!
Um abraço,
Simone.
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