A delicadeza. Virtude de valor sem medida, rara e ignorada nesses dias turbulentos de horror e ódio.
Oposto, antônimo, contrário de crueldade, arrogância, aspereza, bestialidade, brutalidade, desatenção, desconsideração, estupidez, grosseria, impolidez, incivilidade e por fim, indelicadeza, óbvio.
Prefiro a educação e desvelo à defesa egóica de posições e razões. Não dispenso mais a atenção recíproca e ouvidos generosos e em meu silêncio consternado, fujo dos gritos sobrepostos e discussões inglórias.
Passo longe da violência gratuita e crueldade infantil. Ainda mais distância guardo da tacanhice estúpida vinda dos inferiores recalques dos sociopatas.
Protejo-me das brutalidades verbais, xingamentos e pragas. Afasto-me da sombra alheia a espreita de uma fresta em meu corpo fechado, agora.
Quero a afabilidade tolerante e inteligente dos que prezam o outro. O respeito por cada ser em uma compaixão constante. Enxergar a ausência de julgamento no olhar que acolhe, considerando as diferenças. Buscar a bondade e humildade no caráter e não nas demonstrações externas artificiais e cheias de interesse.
Penso em dividir, somar e multiplicar na existência rotineira, elevando os momentos à extrema riqueza de emoções. Dormir bem e acordar melhor, sempre. Levar a vida com liberdade madura, estruturada na confiança mútua, na admiração do outro, sem medo.
Quero mãos macias a segurar as minhas e meus caminhos forrados da segurança enorme de quem se ama e sabe amar. Vou sentir a delicadeza no ar, sorrindo para o dia e noite. Gentileza e amabilidade para nos deixar em paz.
A delicadeza é o amor aplicado.
Um abraço delicado,
Simone
Nenhum comentário:
Postar um comentário