quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Viagem 3

Boa tarde!

Encontro tempo e disposição para escrever enquanto espero na sala de embarque. Tem mais assunto sobre a viagem de férias, já guardada na memória, mas presente no reflexo que deixou.

A primeira cidade estávamos em três: irmã mais velha, do meio e eu. Como é bom ter irmãs!!! Rimos, choramos, bebemos e matamos a saudade do sobrinho querido. Vimos Picasso, El Greco, Velázquez, Miró e Dalí. Comemos bem, bebemos muita sangria e estouramos os cartões no El Corte Inglês.

Partir para Praga deixando a do meio foi triste; porque, além da excelente companhia, a cidade merece ser visitada por quem amamos. É absolutamente linda! Imperdível. Em cada lugar eu pensava: será que a Vó Leonor passava por aqui? Quantas vezes ela cruzou a ponte Carlos IV? E a Igreja do Menino Jesus de Praga seria uma das que ela frequentava? Descobri que o sobrenome da minha avó significa Alfaiate.

Nunca faça o que fizemos: sair de Praga para uma outra cidade que não seja Paris ou outra à altura. É um choque tremendo. Budapeste carrega a história de invasóes e domínios nos olhos. É uma cidade que ainda tem prioridades básicas, mas com grande potencial.

E tome truque do Húngaros: no taxi, na viagem de barco até Viena, na chegada em Viena, no taxi, no passeio turístico...

Chegar em Viena no meio do nada, pois fomos largadas perto do Danúbio há milhas de um taxi. E mais: uma vienense nos ajuda, chamando um taxi e um casal de ingleses passa na nossa frenta na cara dura! Mas estávamos em Viena...era o que importava!

Ouvir Mozart, Puccini, ver o legado dos Hapsburg (mesmo sendo do jeito que foi) é de encher os olhos.

Por fim, Paris...andar pelas ruas, comer bem, matar a saudade do sobrinhos ( Paulo e Carol)...ah Paris...

Voltar não foi fácil; quase não embarcamos, porque overbooking lá é normal (Madrid)...dá-lhe confusão da brasileirada no aeroporto.

O que sobrou: tudo! Foi show, foi bom voltar ao velho mundo depois de 7 anos de exílio.

Ano que vem tem mais! Muito mais! Confirmadas: eu e Meireles!!!

Abraços,

Simone

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tia Maria – um anjo, uma luz

Algumas coisas são muito importantes em nossa vida; ter Tias é uma delas. Tias não foram feitas para educar, mas podem fazê-lo de forma amorosa, dando exemplos de conduta e visão de mundo.

Eu tenho muitas Tias! Sim, com T maiúsculo. Hoje é dia de falar da Tia Maria, da querida e amorosa Tia Maria.

Nosso anjo, nossa luz foi brilhar mais alto, iluminar nossas vidas de cima, nos olhar, velar e mimar do céu.

Lembro das férias em Curitiba, onde eu sempre fui muito bem acolhida e me divertia muito! Conheci, ou melhor, provei o Choco Milk pela primeira vez com a Tia Maria. Virou mania. Também aprendi a fazer Mumú com ela: Leite condensado na panela de pressão = doce de leite cremoso e doce demais!

Mas o maior brilho que percebi na Tia era o jeito de cuidar; do meu Tio, dos filhos. Eu admirava o jeito dela de cuidar, de amar meu Tio, meus primos e prima. Era respeitoso, amoroso e indulgente. Era isso que eu via, percebia na Tia Maria: uma mulher cheia de amor, que se doava inteira à família.

Bonita, vaidosa e de bom gosto, estava sempre arrumada, com o cabelo arrumado, unhas perfeitas, isso tenho de registrar!

Tia Maria, eu tive tempo de lhe dizer o quanto à admirava e porque. Isso me deixa feliz a lembrar seu rosto ouvindo minhas palavras. O abraço que me deu ainda me envolve e só tenho amor e gratidão por ter tido a grande graça de ter tido você como Tia, Tia Maria!

Meu amor de sobrinha, de amiga e admiradora eterna.

Até logo. Um grande beijo.

Simone.


















quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Viagem 2

Bons dias!

Deve existir um nome pra sensação de deslocamento na chegada das férias. Mistura de vontade de ficar em algum dos lugares com saudade absoluta de casa, das coisas do nosso mundo. Isso dura uns dias, depois volta a rotina; até que venham as próximas férias.

Ainda vejo as paisagens e ouço idiomas incompreensíveis. As histórias em sonho, meu sono bagunçado,  escondida e protegida em casa. Acho que ao acordar comerei aquele café da manhã, com café fraco, mas o resto de primeira. Tostada, tortila, crepe, queijos.

É bom fazer uma viagem independente, sem agência ou roteiro fechado, tem mais vantagens e pode até ser mais econômica. Basta não ter frescura com detalhes e privilegiar a localização do hotel. E andar é a melhor maneira de conhecer um lugar. Usar transporte público, olhar e sentir o clima, sentar num café e fazer nada.

Eu converso com estranhos em viagens, adoro; conheci três inglesas simpáticas, uma consultora do Casaquistão, duas russas, duas velhinhas francesas, uma austríaca, várias tchecas e tchecos. Tem mais...

Somos tão diferentes e tão iguais. Ser de um jeito ou de outro é sempre produto do meio, da história do povo, do percurso e papel diante do mundo. Ouço as opiniões, respondo as dúvidas sobre meu país, sinto orgulho e vergonha; todos sentem.

Voltei e já estou pensando em ir. Onde quero ir? 

Notas de viagem: voltar à Praga e Viena um dia. Levar quase nada na próxima. Ficar mais tempo em cada lugar. Habilitar o Iphone na operadora.

Abraços,

Simone.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Viagem - Parte 1

Bons dias!

A primeira coisa boa da viagem foi poder desligar, entrar na viagem sem levar bagagem alguma na cabeça.

O único compromisso: estar na hora na estação, aeroporto, porto ou ponto, para partir pra outro lugar. E isso já é o bastante, visto o tempo que se perde, as burocracias e problemas típicos.

A foto de uma parte do relógio de Praga (Praha) é apenas um appetizer, pois há muito mais, mais beleza e história por onde andei esses dias.

Ainda resta uma preguiça, cinco horas na frente e a nostalgia; portanto escrevo pouco, quase nada.

Então tá.

Abraços,

Simone. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Como identificar um canalha

Bom dia!

Antes de tudo, vale a definição:

Canalha: a plebe mais vil, gente desprezível. S.m. e f. e adj. Pessoa sem moral, desonesta; patife, infame, velhaco.

Pensei: seria um contrassenso, sendo um "Blog do Bem", perder tempo falando de canalhas? Não creio. Os inocentes e ingênuos, vítimas dessa gente que nem deveria ser chamada de gente, carecem de alerta.

Imagine o texto com locução, tipo NatGeo, falando de uma espécie animal:

Os canalhas vivem em todos os cantos, reproduzem-se em condições adversas e sobrevivem à custa da boa fé alheia. Podem ser encontrados nas repartições públicas, nas empresas, nas famílias, nos bares, nos becos e no submundo.

Sendo altamente adaptáveis, conseguem circular nos meios sociais com desenvoltura e habilidade. São inteligentes, safos, articulados e simpáticos. Aliciam com facilidade os fracos de caráter, oferecendo migalhas de suas tramoias, mantendo-os reféns com chantagens e ameaças.

A vítima do canalha crê no canalha por força de sua extrema destreza em enredar, envolver e enganar. O canalha consegue iludir, mesmo usando psicologia de botequim, pois consegue identificar as fraquezas de sua presa e a manipula com técnicas adaptadas e flexíveis.

Assume variadas formas, mas sempre aparentando ser um respeitável membro da comunidade. Nunca perde a calma, nunca se exalta ou agride. Sua fala mansa e articulada, mesmo nas situações mais críticas, faz com que a vítima tenha a falsa impressão de estar diante de um Dândi equilibrado e zen.

Independente da classe social do canalha, suas vestes estão sempre impecáveis, mesmo não sendo bem talhadas ou de grife. O perfume é uma de suas armas; de aparência "limpinha", circula cheiroso, derramando charme de canastrão por onde passa. Conquista porteiros, recepcionistas, vigias e viúvas. É o rei do xaveco, da enrolação e mentira.

Todo mundo conhece um canalha, mas poucos conseguem evitá-lo. Geralmente o canalha só é identificado após o ataque. Covarde, sempre precisa de cúmplices, de garantia de divisão da culpa, embora sempre irá negar tudo, com a maior cara de pau.

Imorais, não tem pudor nem compaixão. Atacam gente humilde e barões. Tem um faro apurado para encontrar suas vítimas. As mais comuns são as pessoas que gostam de adulação, vantagens, facilidades e ganhos fáceis. Sim, tudo tem a ver com dinheiro, posição e poder, tudo!

Quando são descobertos, procuram fugir sem deixar rastros, abandonando seus comparsas à própria sorte, pagando por suas mazelas. Fracos de caráter, não amam ninguém, não são amigos ou solidários, ao contrário, só estão de olho no que podem obter e ganhar com pouco ou nenhum esforço nas costas de alguém.

Trabalham, mas somente para terem acesso às vítimas. Aparentam competência, interesse e comprometimento, sempre com o intuito de se privilegiar com informações ou prever acontecimentos para seu benefício.

Um canalha não se emenda, não acha que está errado e não tem consciência pesada.

Nas peças de ficção, são vilões; no final são punidos com a morte, prisão ou relegados ao esquecimento. Sociopatas que são, podem enlouquecer ao serem pegos e punidos, mas continuarão sua jornada de vilania estando em um hospício ou prisão.

Você que já lidou com um canalha, deve saber como é difícil segurar o ímpeto de fazer justiça, até com as próprias mãos. A melhor maneira de reagir a um canalha é não reagir, mas sim reconhecê-lo e afastá-lo de sua convivência. Parece covardia, mas é a maneira mais eficiente de anular sua atuação e influência.

Para saber mais sobre como lidar com eles, leia um dos livros de cabeceira dos canalhas: "As 48 leis do poder", de Robert Greene. Um verdadeiro manual para iniciantes na matéria.

Lembre-se: um canalha pode estar ao seu lado, esperando para dar o bote.

Abraços,

Simone.






domingo, 31 de julho de 2011

Uma Margueritte só pra mim!

Boa noite!

Hoje vi um filme maravilhoso, daqueles que entrarão para minha lista! "Minhas tardes com Margueritte", de Jean Becke, é um dos mais sublimes e delicados que vi. Consegue mostrar a bela relação que podemos ter com pessoas de uma forma natural, como se fosse uma necessidade até. Sem discurso piegas ou comum, a troca entre um ignorante e uma senhorinha mais que sábia é de fazer chorar.

Todo mundo deveria ter uma Margheritte na vida! Uma senhora que ensine a ler, a pensar e perdoar. Um olhar cansado e profundo, a nos enxergar a alma. Uma mão que afague um rosto triste, amargurado e só.

Hoje o mundo está tão indecente, violento e egoísta; achar velhinhas sentadas em bancos de praça parece uma ilusão, ficcção de cinema.

Sou uma mulher de muita sorte. Tive uma Margueritte em minha vida! Minha vó Leonor. Ela me ensinou tanto que salvou minha vida muitas vezes. As palavras estão marcadas em meu coração e trouxeram-me à tona de vales de lama e lágrimas.

Vó Leonor sofreu em guerras, na perda precoce do amor de sua vida, para criar cinco filhos; mulher forte, guerreira e cheia de fé. Sabia rir de si mesma e valorizava a família, acima de tudo.

Saudade da senhora, vó. Vou até tua terra em breve e espero ver com teus olhos o lugar de onde fugiu, com fome e frio.

Quero estar perto da senhora, sempre!

Um grande beijo da neta que sempre irá lhe amar! Minha Margueritte de Praga.

Simone


sábado, 23 de julho de 2011

“Eu não sei dizer nada por dizer, então eu escuto...” – Sergio Ricardo/Luli

Boa noite!


“... Se você disser

Tudo o que quiser

Então eu escuto

Fala

lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá

Fala

Se eu não entender

Não vou responder

Então eu escuto

Eu só vou falar

Na hora de falar

Então eu escuto

Fala

lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá

Fala”

Fico dias sem postar nada aqui porque não tenho nada pra dizer, então fico escutando... Escuto o mundo, a multidão em passeata, as conversas de elevador, das mesas ao lado da minha, em restaurantes. Ouço a vizinhança, meus pensamentos. E tenho de torná-los palavras?  Não, sim, talvez. As vezes não consigo parar de escrever, nem de pensar.

De onde vem essa necessidade de falar? Comunicar dizendo o que pensa? Desde Lascaux, rabiscando feitos e momentos, protagonizando nossa história e após milhões de anos, chegar onde estou, digitando em um pequeno aparelho sem fio, conectada a zilhões de informações e postando em um espaço só meu, falando, falando.

Qual a motivação de gente comum como eu de se expor? Ter necessidade de falar e publicar, como uma pseudo-jornalista ou escritora? Coisas do ego? Frustrações profissionais? Preguiça de contar minha vida para quem não me conhece? Talvez seja tudo isso. Ou apenas vontade de registrar, marcar uma parede virtual com meus rabiscos.

É terapia das boas, Freudiana.

Um abraço,

Simone











































sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fazes-me falta - Inez Pedroza

Boa noite para você que não está há 22 anos.

Pela segunda vez em muito tempo não estou onde deveria estar, onde queria estar. Não posso levar as margaridas, nem chorar meu minuto, nem conversar sobre as coisas que pautam meus dias sem ti.

Perdoe-me por passar pelo portão trancado, por não saber pular tão alto. Só estou perto daquilo que nunca findou e sempre será.

Há coincidências, e sei que não são. Leio um livro da escritora portuguesa Inês Pedroza, "Fazes-me Falta", que, no relato de duas pessoas, uma que está e outra que foi tralhada pela morte ainda jovem, como tu fostes, tece as palavras que não foram ditas. O diálogo de um entrelaçado no outro, como se estivessem juntos.

E sinto-me a terceira pessoa e tu a quarta, dialogando nossa saudade nesses 22 anos. Penso nas coisas que teríamos feito em 90, onde passaríamos a virada do milênio, nos filmes que sei que iríamos ver. Fazes-me falta. Muita falta.

Sinto saudade do sorriso que tomava-lhe a face e deixava teus olhos minúsculos, de jogar tênis em Santos, de eu perder sempre. As músicas que ouvíamos ainda estão gravadas, agora em cd, mp3, mp4, no YouTube. É louco pensar que tu irias ver muitas coisas mudarem no mundo e também muitas que não mudaram.

Há 22 anos, não havia acordado a essa hora. Não havia dormido no desespero de tentar entender o mundo sem ti. Chorava toda a água que existia em mim, molhava minha alma sem saber-me sem ti, batia os punhos no vento como se pudesse machucar o ar que não mais respiravas. Sem força, sem viço, emagrecida de luz, pobre de vida a perder o que era, o que ainda seria.

Perdoa-me por estar perto, tão perto que posso perturbar-te com minha tristeza, tirando-lhe a calma de onde estás. Por ter as margaridas nos meus olhos e não nas mãos, por chorar meu minuto caminhando pelo Largo da Carioca, por escrever ao invés de falar as coisas que pautam meus dias sem ti.

Fazes-me falta, muita falta quando quero rir de coisas bobas, quando quero viajar sem rumo, quando quero brincar no mar, jogar buraco e ganhar de vez em quando. E as crianças? Onde estarão as crianças que fizemos brincar? Devem estar trabalhando agora, engravatados, nos saltos a correrem pelas ruas de Sampa ou do mundo. Da caça ao tesouro não devem lembrar, não tiveram o cuidado de entender aqueles dias como a última oportunidade de conviverem uma pessoa das mais especiais que conheceriam.

E teus alunos? Que correram nas quadras das escolas, suando por tuas ordens e hoje suam debaixo de um sol mais perigoso. Hoje sabemos dos perigos dos raios na pele, do mal do cigarro, da necessidade de uma alimentação funcional. O que tu sabes que não sei? O que aprendeu que eu não? Onde vives, o que fazes, onde moras?

Te agradeço! Te reverencio e respeito em todos os minutos desses 22 anos. Nunca houve espaço para o esquecimento em nenhum dos meus dias sem ti. Fazes-me falta, sempre.

Que estejas bem, eu sei que está. Que fique bem sem minha presença em carne viva, pois eu também estarei.

Amo-te ainda, amarei sempre.

Um beijo. Um abraço no teu espírito que voa e só se aprisiona em meu coração.

Tua Sika.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O tempo, meu tempo.

Hoje fui perguntada se eu teria paciência de esperar. Eu: - Não importa o tempo, eu espero.

Sei muito pouco da vida, mas sei quanto vale saber esperar por aquilo que quero. Já fui ansiosa demais, querendo tudo na hora, pra ontem e percebi que o que obtinha não era inteiro, por vezes nem metade do que poderia ter se tivesse tido paciência.

Fui à lua por impaciência, desci ao inferno por perder tempo e quase perdi todo o tempo que hoje tenho. Joguei fora horas de sono pensando em como ganhar tempo, subia os degraus de dois em dois pra ganhar tempo, mas ao pular deixei de ver o que havia naqueles que pulei.

Fui tola por impor um tempo que não era meu para depois perceber que havia perdido mais tempo ainda.

E agora? Tenho de esperar! Calmamente, sem pressa e sem desistir.

“És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido”

Te peço, tempo: me faz tua parceira! Ouve meu lamento e acata meus pedidos! Preciso esperar!

“Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo”

Faz minhas noites cheias de sono puro e derruba os muros que ainda me separam do futuro. Quero ter o que não tenho, agarrar e sentir o calor, o peso o cheiro do que desejo. E como desejo!

As flores não irão murchar, as músicas hão de tocar e quando o nosso tempo chegar tudo o que nos fez chorar ficará só na memória, será passado.

“Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos”

Minha fé é maior quando ouço o eco dos meus pedidos e hoje o som é mais do que posso escutar, volta forte como se respondesse: já ouvi! Pára de pedir o que já conseguiu! Espera! Tenha paciência!

Como é difícil esperar que o sonho venha para a realidade, mesmo sabendo que é só uma questão de tempo.

Como é fácil esperar quando sei que é só uma questão de tempo!

“Tempo tempo tempo tempo”. Meu tempo, tempo, é teu.

Um beijo sem tempo.

Simone.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Questões Eternas

Boa tarde!

Em tempo: obrigada a todos que ajudaram na campanha do enxoval este ano! Que Deus os abençoe!

Então...

 
Outro dia estava no carro, vindo pro trabalho e pensando um monte de bobagens, divagando.

Vendo a confusão no trânsito veio a primeira questão: por que os motoristas não andam na faixa?

Respostas prováveis:

a) Porque não enxergam as cores brancas e amarelas
b) Porque pagam dois IPVAs
c) Porque querem ir pra fila que anda mais rápido
d) Porque são anarquistas e não estão nem aí pra regras
e) Porque são somente mais uns dentre tantas pessoas auto-centrados
f) Todas as anteriores

Durante o trajeto, lembrei de mais coisas que não consigo entender porque são do jeito que são:

Por que as pessoas buzinam assim que o farol/sinal/semáforo abre? Por que as mesmas pessoas que buzinam quando estão atrás de vários carros não andam quando estão na frente e o sinal abre? Por que as pessoas não dão seta pra mudar de faixa? Por que os motoristas de ônibus não somem? Por que os motoristas de taxi não acompanham os de ônibus? Por que as pessoas falam ao celular, mesmo sabendo que podem ser multadas e causar acidentes? Por que as pessoas jogam lixo pela janela do carro/ônibus/moto/carroça? (só não jogam do avião porque não dá).

E mais:

Por que nenhum frentista sabe dar informação de ruas? Por que tem frentista que dá informação errada, sabendo que está errada? Por que a regra é atravessar fora da faixa? Por que os motoristas avançam na faixa de pedestre? Por que os motoqueiros cariocas não sabem dirigir moto? Por que carioca não respeita motoqueiro? Por que os mesmos motoristas que fecham cruzamento são os que enfiam a mão na buzina quando outros motoristas fazem o mesmo?

Mais questões, fora trânsito:

Por que dono de cachorro grande não limpa o coco que seu animal fez no meio na calçada? Por que as pessoas perguntam se o elevador está subindo ou descendo se a flechinha do lado de fora indica? Por que as pessoas cismam em falar no Nextel em viva voz? Por que as pessoas conversam assuntos particulares, em alto e bom som, em lugares públicos? Por que as pessoas comem verdadeiras refeições nos cinemas? Por que os vizinhos de apartamento não se conhecem? Por que as diaristas não têm memória? Por que os seguranças acham que são policiais? Por que polícia age como bandido?

E ainda:

Por que as pessoas que estão sentadas nos ônibus viram a cabeça para idosos, grávidas e pessoas com dificuldade de locomoção? Por que os garçons não têm visão periférica? Por que os políticos acham que somos idiotas? Por que nós, os idiotas, votamos nos políticos que acham que somos idiotas? Por que paulistanos acham que carioca não trabalha? Por que carioca não trabalha? Kkkkkkkkkk. Por que o pão com manteiga cai sempre com a manteiga pra baixo? Por que reclamamos sempre das mesmas coisas? Por que a grama do vizinho é mais bonita que a nossa?

Por que eu perco meu tempo tentando entender o que não entendo?

terça-feira, 17 de maio de 2011

A CAMPANHA DO ENXOVAL DE BEBÊ ESTÁ DE VOLTA!!! COLABOREM!!!

Queridos(as) amigos(as),


O ano passado cada enxoval de bebê custou R$ 66,49, neste ano o mesmo enxovalzinho custa R$ 72,92 (diferença de R$ 7,43).

A mamadeira que no Rei das Fraldas custa R$1,30, em um bazar beneficente por R$ 1,00; lá também tem um brinquedinho no valor de 15,00.

Assim: enxoval + mamadeira = 73,92

Enxoval + mamadeira + brinquedinho= 88,92

A taxa de entrega do enxoval é de R$ 10,00.

Assim como no ano passado, é só depositar em uma conta (a da querida Rosana) que as doações serão entregues na cada dela para encaminhamento à Uberaba. 

Finalmente, gostaria de saber quem poderá contribuir com essa campanha maravilhosa da nossa bondosa e doce amiga Cida, do Juninho e da tia Igorina.

Não vamos perder a oportunidade e o privilégio que temos de ajudar um pouquinho a quem tanto necessita...

Segue abaixo a lista dos itens que compõe o enxoval:

- 2 macacões compridos 3,30 + 3,85 = 7,15
- 1 Body 4,95
- 1 toalha de banho 3,85
- 1 cobertor 4,75
- 1 manta 9,90
- 1 conjunto de lã (casaquinho, touca e sapatinho 5,99
- 1 pacote de babador (3 peças) 3,20
- 2 mijões 1,80 + 1,80 = 3,60
- 2 mijões pagão 3,30 + 3,30 = 6,60
- 1 chocalho 1,99
- 1 sabonete 0,99
- 1 fita crepe 1,45
- 1 Pcte meia 1,50
- 2 calças plásticas 1,10 +1,10 = 2,20
- 2 pacotes de fralda tecido 6,50 + 6,50 = 13,00
- 1 pacote de algodão 1,80
                                                     TOTAL 72,92

É muito pouco pra você, mas é muito para quem não tem absolutamente NADA!!!

Caso tenham dúvidas é só me ligar. 

Um grande abraço e muito obrigada a quem já se prontificou a ajudar!

Simone










sexta-feira, 29 de abril de 2011

Boa noite!

A vida anda corrida e as palavras acumuladas... Então faço minhas as palavras de Bezerra de Menezes, por meio de Divaldo Pereira Franco:

"Meus filhos: Que Jesus nos abençoe.

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivência, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizados, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso - é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era. As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas. Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares. O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade. Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem-se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão. Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

 
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra".

Um abraço fraterno,

Simone.

terça-feira, 22 de março de 2011

O Sequestro da Amídala

Boa noite!

Não se assustem; nenhum otorrino sequestrou minha amídala! Consegui mantê-la na garganta, mesmo com a moda de extirpá-la sobre o pretexto de ser foco de bactérias e fábrica de infecções. Só fiquei p da vida porque minhas irmãs se entupiram de sorvete e eu não.

Mudando de pato pra ganso, mas não tão ganso assim, li um artigo sobre resiliência (eta coisa difícil de praticar!) e esbarrei em uma teoria bastante lógica sobre sua ausência na maioria dos humanos: nosso cérebro vem evoluindo (não tanto como gostaríamos) e passou a ter características e funções adaptadas. Antes tínhamos somente a parte inferior do cérebro formada e nela contida uma estrutura pequena chamada amídala; sim, temos amídala no cérebro. É lá que ficam armazenadas as emoções boas e ruins. Divagando: será que os médicos erraram de amídala? Queriam eles extirpar a amídala contida no cérebro? Aiai...

Continuando: o tempo passou e desenvolvemos o neocortex, que comanda nossas reações racionais. É o neocórtex que segura nossa onda quando temos vontade de arrebentar a cara de alguém. É ele que segura nossa língua quando a amídala nos impulsiona para mandar tudo e todos pra aquele lugar; é o tal do Sequestro da Amídala"!

Deixamos nossos instintos mais ferozes tomar conta, não contamos até 10 e não assimilamos a situação sem perder o controle. O neocórtex é neutralizado e partimos pra ignorância; seja ela física, verbal ou emocional. Uma pessoa extremamente controlada nem deve saber que sua amídala existe, pois investe todas as suas energias no neocórtex. 

Depois de ler o artigo comecei por mim, analisando os mecanismos de disparo da doidivanas da amídala. Elenquei do pior para o menos significante e pasme: o buraco é mais embaixo. Mas isso é problema meu! (olha a amídala falando aí!)

No final de semana tive de neutralizar totalmente minha amídala para poder dar cabo da semana pauleira que tinha de peitar e topei com Eistein: "Um problema não pode ser resolvido no mesmo estado emocional que ele foi criado ou descoberto". O cara foi certeiro. No calor, no auge e pico das picas voando não conseguimos tomar nenhuma ou a melhor decisão. Ou ainda: as vezes a melhor decisão é não tomar decisão alguma e deixar que o tempo e o vento façam o trabalhinho sujo de nos livrar de todo mal e perturbação.

Vou tentar colocar a resiliência antes de qualquer palavra ou pensamento reativo e irracional. Contar até três, pelo menos, e esquecer que meus ancestrais eram italianos. Vou pedir cidadania Finlandesa emocional e congelar o grito na amídala (a da garganta).

Eu disse: vou tentar.  Força estômago! Musculação para ter nervos de aço! Coloco orégano e azeite no sapo e ele desce que é uma beleza!

Um abraço resiliente,

Simone.           

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Carnaval acabou? Nop!

Boa noite,

Uma semana depois do carnaval e ainda é carnaval no Rio de Janeiro. Eu nunca havia visto uma manifestação tão forte em uma cidade. Quase todo mundo entra na bagunça, fantasiando-se, largando-se na rua, nas avenidas e nos becos.

Tudo é festa, alegria e beleza? Claro que não; como também não deve ser em nenhuma outra cidade do Brasil. Muito xixi na rua, muita sujeira, muita bebedeira e excessos. O trânsito emperra, mas o carioca continua buzinando só pra sinal fechado. Os cariocas odeiam sinal fechado! E com razão! Não há controle de tempo, otimização de abertura por fluxo, daí mofamos no sinal, sem necessidade.  

Ver o carnaval na Sapucaí é uma das coisas pra se fazer uma vez na vida. Mesmo para quem não gosta de carnaval e muvuca (eu não gosto e fui). Tenha o cuidado de escolher um lugar legal, levar comida (o que vendem lá é pouco e ruim) e uma boa capa de chuva! 

E os blocos? Esses são tantos que ainda não sairam todos! Até dia 28 de março teremos blocos na rua. É bem legal, dependendo de onde e de quem vai. Uns bem família, tranquilos e bem simpáticos saem no bairro com gente do bairro. 

Há sossêgo? Claro que sim! Dá para passar o carnaval com tranquilidade, sem se incomodar com barulho e confusão.

Essa cidade é linda e no carnaval vira uma mulata rebolativa e cheia de energia e alegria! Agora entendo o encanto da gringada com o carnaval daqui! 

"A minha alegria atravessou o mar..."

Um abraço de Colombina!

Simone. 
     



quinta-feira, 3 de março de 2011

Olha o Benjamin aí gente!!!!

Boa tarde!

Vem bem, Benjamin
Com saúde, graça e com Deus.
Quem? Benjamin!
Beija a mãe, o pai, o irmão
Beija a mim.
Grande, guloso e careca
Sapeca como o Rei Artur.
Sei bem, Benjamin
Não saber ler e daí?
Só mais uns aninhos e lerá
Palavras de uma tia torta
Que desejou tudo de melhor.
Sim sim, Benjamin!

Um grande abraço e muitas felicidades à Família Tavares.

Simone.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Onde está meu coração?

Boa noite!

Meu coração parou e foi pra longe. Eu não sinto bater ou está fraco. No meu corpo está contido na sua função fisiológica e só. Bate por bater a manter-me viva, estando sem estar.

Meu coração só bate forte em Sampa. Quando encosta na pele de golfinho, na toca da raposa, no sobrado geminado, na meia luz do ópio, estacionado fazendo vapor.

Ouve meu lamento triste e saiba: meu coração tem Preguiça. Uma Preguiça daquelas! Ressente de ser ouvido como quando dei colo e acelerado pela admiração de uma presença rara; e por ser rara, preciosa.

Sorvi cada segundo de poucas horas em meses, como água doce no deserto: gota por gota. Bebi com gosto e cuidado e sem desperdiçar. Engoli e guardei reservando para saborear com tempo, na memória.

A menina dos olhos com lente de aumento olha de Piratininga à São Sebastião e só há um caminho a unir o destino ímpio e cruel da distância. Uma ponte sai do meu desejo e pode alcançar a metrópole, o interior, o rancho, onde for e assim será. 

Eu cuido e cuidarei do tempo como se fosse apenas relativo e nunca real. As horas serão meses e os meses anos e como um raio retornarei meu coração ao R&B. A dançar a mesma música e a olhar os mesmos sois e luas.

Serei breve em minha ausência e pautarei minha existência na esperança de um dia ouvir meu coração tão forte quanto a saudade que hoje o faz quieto e triste.

Um abraço preguiçoso e eterno.

Simone.  

      

             

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ouvi dizer que o oposto da morte é o desejo

Boa noite!

Comecei a questionar a quantidade de coisas que desejo fazer na vida. Isso mesmo, sem incluir "ainda" na frase anterior. Sinto-me nascida ontem e meu olhar é de descoberta; olho diferente para a mesma coisa.

Eu adoro reprises, filmes preferidos vistos dezenas de vezes. Faço as mesmas coisas, mas a cada vez estou pensando e sentindo outras.

Assumo minha preferência por pequenos oásis, zonas de segurança e conforto. Adoro viajar porque sei que vou voltar e encontrar meu pequeno mundo, referencial e único em cor, cheiro e ar. Trago algo pra transportar-me onde fui e procuro o próximo exílio do lar.

Desejo amar, mais que amei. Posso até amar quem já amei, quem sabe? Ou amar quem nunca pensei poder. E posso não amar mais. O melhor seria ser amada como nunca fui. Estranho e instigante, fonte de desejos.

Vou conhecer pessoas novas e aquelas conhecidas mas nem tanto. Lugares e situações. Posso voltar várias vezes ao mesmo lugar, não sei. Talvez porque tenho desejos ainda não desejados.

Também ouvi dizer: cuidado com o que deseja. Achei esse ditado uma asneira. Coisa de covarde.

Então estou viva, estarei enquanto desejar, até desejar somente respirar.

Um abraço,

Simone.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Você é feliz 2 !

Boa tarde!

Não dá para sentir, só imaginar o que as pessoas que estão vivendo a tragédia das enchentes aqui na região serrana do Rio. A compaixão é geral, a ajuda vem de todos os lados e a grande maioria se mobiliza para aliviar materialmente as necessidades primárias dos que perderam tudo, menos a vida.

Aos mortos, preces.

Hoje vi uma senhora bem humilde no supermercado, doando pouco, alguns sabonetes e coisas de higiene pessoal. Ela não falou pra ninguém; foi na caixa de doações e saiu, anônima. A vi fazendo o sinal da cruz e abaixando a cabeça. Triste, cenas tristes que devem permanecer principalmente na cabeça e atitudes dos irresponsáveis.

Podia desfiar um texto revoltado, mas minhas palavras não irão mudar a indolência, descaso e ganância envolvidas nesta e em tantas tragédias neste país. Prefiro reconhecer o gesto de alguém do outro lado do mundo que irá cantar para ajudar. Um ser humano de primeira linha a pensar no outro, seu semelhante desconhecido carente de tudo.

Ajude! Reze e torça para as famílias desfeitas erguerem os olhos e encontrarem forças.

Um abraço,

Simone


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Você é feliz!

Bom dia!

Hoje mudei a foto da semana e quis buscar algo diferente do que tenho postado aqui; nada de poesia ou comédia. É realidade esfregada na cara. Tipo: acorda, você é feliz! 

A começar por poder ler esse blog, alfabetizados que somos. Por poder ver a foto e poder pensar. Ter um computador, internet, casa, trabalho e tudo que nos rodeia. Nem nos damos conta de quanto felizes somos, o quanto fomos beneficiados por ter as oportunidades que tivemos.

Você tomou café da manhã? Vai almoçar e jantar? Tem água pra beber? Um teto sobre tua cabeça? Uma cama?

Não é preciso ir à Africa para ver a miséria humana. Você imagina que alguém que trabalha com você pode estar dormindo no chão, chupando gelo para matar a fome? É... Está do meu lado, todos os dias e eu não sabia. Agora que sei, aprendi que tenho de procurar saber antes mesmo de alguém me contar.

São "pessoas invisíveis" que limpam sua sala, o hall do prédio que trabalhamos, as que consertam as coisas que quebram; elas vivem com pouco, muito pouco ou quase nada. Vemos, mas não as enxergamos. Não notamos que estão perdendo o peso e o brilho no olhar.

Você é feliz! Eu sou feliz! 

Um abraço,

Simone.  


 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quebrar paradigmas é uma delícia!

Boa noite!

Tem gente que odeia mudança porque morre de medo do desconhecido, da insegurança de uma novidade ou de não dar conta do  recado. Daí ficam criando musgo, nas suas zonas de conforto a olharem a vida passar pela janelinha pequena de sua vida pacata e sem graça.

Esse pessoal só sai com as mesmas pessoas, só fazem as mesmas coisas e até quando podem decolar em uma aventura, preferem o sofá da sala e as reprises da TV. Passam anos convivendo com o teto branco a contar as rachaduras do tempo, sem colocar uma corzinha em seu mundinho cinza e modorrento.

Conheço muita gente assim e é impressionante o quanto as vi perderem tempo de vida! O conhecido é confortável, mas é positivo para certas coisas, não tudo. Queremos nossa casa de um certo jeito, as coisas arrumadas à nossa maneira, isso é bem normal. O problema está em não provar uma comida diferente, em não querer conhecer o desconhecido e olhar o mundo com surpresa. A mesma paisagem cansa e coisas seguras já estão resolvidas.

Uma coisa é ter pavor de altura e não querer pular de asa delta, outra é ter pavor de bobagens. Podemos enfrentar nossos medos mais profundos e sairmos ilesos, aprendendo que medo é bom quando não paralisa a vida. 

Ontem vi o Cristo Redentor iluminado pela lua enquanto passeava com meu Basquiat e se eu estivesse com  meus olhos viciados no caminho não teria visto uma beleza dessas. E não teria visto se não tivesse aceito a mudança de cidade, de vida, de trabalho. 

Que venha o novo, a nova, a supernova!!!

Tenham uma ótima semana!

Um abraço,

Simone.        

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os Fogos!

Bom dia!

Agora entendo porque mais de 2 milhões de pessoas vão à Copacabana passar a virada. O espetáculo acontece na praia, na avenida Atlântica e nos prédios. É verdade que a muvuca é enorme e para quem não curte multidão é um problema, mas se for com o espírito aberto, o coração se enche das cores que espocam no céu. 

Os fogos são maravilhosos, coisa bem feita e planejada. Meus olhos ficaram marejados ao som do Réquiem de Mozart, enquanto desenhos e luzes dançavam. E o melhor: sem a chuva que estava programada para estragar a festa!   

Não vi uma briga, nenhum incidente grave ou gente bêbada causando. Talvez por não ter ficado muito mais tempo depois da virada e deixando pra trás o que ainda poderia acontecer.

Mas vi um Rio a fim de paz, de tranquilidade e segurança. Sem percalços ou aborrecimentos, o ano velho deixou saudade daquilo que se pode sentir saudade. Levou embora a sujeita e tudo que queria esquecer.

Este ano vem com grandes promessas, com grandes possibilidades e, quem sabe, com muito amor!

Um grande abraço e um 2011 maravilhoso.

Simone.