quarta-feira, 28 de julho de 2010

"Meu coração chora e a minha alma ri"

Bom dia!!!

Que seja um bom dia, vou fazer um bom dia!

O que me move? O que me leva a acordar todos os dias com energia e disposição? Eu acho que é a elegância espiritual. O entendimento dos dias como pequenas peças de um grande quebra cabeças que não vemos a hora de completar. Quero ver a imagem completa, feita de pequenos pedaços encaixados pela minha evolução de grão de areia, de passo de lesma, contante como o movimento do universo.

Eu quero seguir, ir em frente com minha bagagem de ontem, das décadas e meio século de pura vida. As vezes penso que deveria ter aprendido mais, estudado mais e ter me tornado uma erudita em algo. Tocar um instrumento, escrito livros que alguém publicou, ensinado levas e levas de estudantes ou curado milhares de doentes.

Eu deveria ter feito mais, poderia. Um dia tive medo daquilo que deveria ter feito e não fiz, das contas que deixei de saldar e créditos que não amealhei.  Pensei: porra, vou ter de prestar contas do que não fiz! Por que cargas d´água sempre pensamos no que não fizemos e nunca no que fizemos? Que culpa danada é essa instaurada no espelho da manhã a assombrar-me? Um dia acordei e me revoltei com essa merda de culpa e a coloquei pra correr.

Falei pra meu rosto amassado e ainda remelento: - Vai te catar! Culpada é a puta que te pariu! (hoje tô boca suja) Então pude virar as costas pra mim e voltar-me pro mundo. Deixei de ser tão importante e centro, para tornar-me raio e não mais vértice. A geometria que permite assimetrias, deixou de ser uma forma para arredondar pontas sem aparas. E dá-lhe analogia!

Hoje acordei cedo, como há tempos! O café da manhã acompanhado dos olhos azuis do Alemão (meu primo Luciano), foi lauto. Como esses dias que passo com ele acrescentam! Como aprendo com esse homem-garoto sábio e tão querido! Um querido que me truxe de volta à vida profissional! E o dia segue, tão cheio de problemas, tão tenso e terno. E vamos andando pelo centro do Rio de Janeiro, como dois anjos incólumes, pois trazemos a luz da realização em atos. Fazemos, decidimos e alteramos um quadro caótico, transformando gente, semeando confiança.

Por fim, sentamos num banco, cantando "Mamma" e rimos da realidade medíocre que não resiste à nossa interferência, que cede à força do bom senso e boas intenções.

Vida! Vida linda e necessária!  E o bom é que amanhã tem mais! Mais decepções, decisões difíceis e humanas. 

Eu adoro essa vida cheia de tudo! Que venha o amanhã, a eternidade e a vontade de permanecer. 

Nada é tão bom que não possa melhorar. Até o escuro! Ele me faz entender melhor a luz. 

Tenho problemas, tenho saudade, tenho medo, tenho dor. É assim que a vida me mostra como estou viva!

Um abraço feliz na minha tristeza, hoje mais feliz que nunca!

Simone.

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