sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Persona é a máscara usada pelo indivíduo em resposta às convenções e tradições sociais..." - Carl Gustav Jung

Bom dia,


 
Ando pensando, pensando muito. E depois que penso, reflito, observo e concluo uma ideia, um conceito, uma descoberta e meios de ver o mundo. 


 
Sou um produto. Resultado de uma combinação de tanta coisa que não consegui organizar uma lista, pontuar cada componente. E se nem eu me conheço inteira, como posso acreditar que conheço alguém? Não conheço ninguém, não de verdade. 


 
Essa reflexão teve sua origem ao ver uma pessoa muito próxima, no entanto distante, no sentido de ver por dentro. Sabe quando vemos uma pessoa próxima ter uma reação que nunca vimos? De repende ser surpreendida por uma cena ilícita e inesperada para a "persona" que criamos, que criou? Ver alguém virar um anjo ou um monstro e ficar de boca aberta, pensando: - Quem é essa pessoa que desconheço?  


 
Isso acontece muito nos relacionamentos e ouvimos ordas de casais cutucando um ao outro com as decepções e revelações dos humanos que são. Os casais dormem juntos, acordam juntos e dividem a intimidade corporal, ideosincrasias, manias e defeitos; todos eles distrinbuídos por ano, idade, situação financeira e posição social. 


 
Eu sei que devo irritar as pessoas com alguma coisa que faço, do mesmo jeito que várias pessoas me irritam por alguma coisa. Então eu começo a prestar atenção em coisas que me irritam nos outros para observar em mim o que pode irritar:


 
1. Será que respiro alto? Não.
2. Mastigo fazendo barulhos esquisitos? Não. 
3. Será que faço movimentos repetitivos com a perna, balançando a cadeira, mesa, fileira de cadeiras do cinema? Nunca.
4. E por falar em cinema, quando abro minhas balas será que elas fazem tanto barulho quanto a dos outros? Fazem.
5. Eu ronco? Só quando bebo mais vinho do que deveria e vou dormir tontinha, de barriga pra cima.
6. Eu grudo nas pessoas em fila? Nunca.
7. Eu falo alto? Não.
8. Eu paro de prestar atenção em alguém e solto outro assunto, como se não estivesse prestando atenção no que se falava? Nunca.
9. Eu interrompo frase dos outros, querendo impor minha ideia? As vezes, porque tem gente muito sem noção nessa vida e fica falando mais do que deveria.
10. Eu deixo os outros esperando? Não.


 
Essas coisas me irritam, eu me irrito comigo quando faço coisas que me irritam nos outros. Cacete! Mas estou cagando e andando em não ser aceita pelas coisas que podem irritar. E daí entendo porque as pessoas continuam fazendo coisas que me irritam.


 
Eu não tenho saco e as vezes nem coragem de apontar coisas que me irritam nas pessoas. E sei que as pessoas também não querem me dizer as coisas que eu faço e que as irritam. E assim caminha a humanidade... Aguentando uns aos outros numa convivência que as vezes explode insanamente em reações inesperadas e violentas.


 
Puxa... pirei.


 
E quem vai me dizer que irritei com esse papo? Rs...


 
Um abraço (daqueles que não irritam).


 
Simone.

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