segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"A melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo" - Allan Key

Boa noite!

Eu vejo meu futuro, ali na esquina. Sinto o dia de ontem determinar o de hoje, contruindo as bases de coisas que ainda serão.

Tento dar passos certos, concentrando a direção e velocidade, pensando os passos como se o chão fosse faltar. Tateio o solo e lentamente e vou avante; olho pra trás sim e talvez tenha de voltar um pouco e refazer o traçado.

No início do ano eu fiz meu mapa astral cármico, faço todo ano. Não há nada previsto que não possa ser alterado, não há nada marcado que não se possa apagar.

Eu ouvi este ano: você nunca esteve tão forte e decidida. Balancei a cabeça concordando, pois era exatamente como me sentia. Então estava ouvindo previsões ou pós visões? Eu já havia decidido um monte de coisas e só ouvi o que sabia.

Meu futuro eu faço, o que sou hoje é resultado das minhas decisões; certas ou erradas foram feitas por mim, mais nada ou ninguém.

As vezes ouço pessoas culpando o destino pelas coisas infelizes que as perturbam, como se tudo conspirasse e não houvesse responsabilidade no produto da vida que resultou. Culpam pessoas, empresas, a sociedade, até Deus. Clamam por uma justiça que já foi feita, com nossas mãos, em nosso malefício.

Posso ser minha carrasca, minha escrava, algoz, sabotadora, assassina, vingadora e juiza. Posso ser minha desgraça, mas não. Dou-me ao luxo de perdoar-me, entender quem sou mais do que qualquer um. Não peço nada pra mim mesma que não possa atender. Não carrego pesos inúteis, não me machuco mais.

Mas não foi sempre assim. Aprendi há pouco, pouco a pouco. Dando passos no escuro, saltando montanhas invisíveis. Tentando chorar menos, sorrir mais, pedir menos e agradecer mais.

Estou fazendo minha felicidade a despeito de dias não tão felizes, dias comuns ou ruins. E pergunto: o que aprendi hoje que não sabia? Amanhã eu já saberei mais, mesmo que seja uma lição decepcionante, de cair na real ou descrer em alguém ou algo.

Vou indo, andando e parando sem estagnar. Quero ser mais doce, mais sábia, quero ler coisas surpreendentes e ficar boquiaberta com as novidades que descubro em paisagens conhecidas e impossíveis.

Quero o mar indo e vindo sempre diferente, trazendo vida e movendo a areia, refletindo o sol e a lua, bebendo a chuva quente, neve fria, cedendo e resistindo ao vento, tempo infinito.

Vou e volto. Sou outra e a mesma, viva!

Um abraço,

Simone.

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